Redação Pragmatismo
Notícias 06/Jan/2025 às 17:26 COMENTÁRIOS
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Filme 'Ainda Estou Aqui' não obteve recursos da Lei Rouanet, ao contrário do que disse Bolsonaro

Publicado em 06 Jan, 2025 às 17h26

Como de costume, Jair Bolsonaro se comportou de maneira pequena e foi às redes sociais criticar a Lei Rouanet após a vitória histórica de Fernanda Torres no Globo de Ouro. O choro do ex-presidente não passa de birra para engajar seus seguidores, uma vez que o filme 'Ainda Estou Aqui' obteve zero recursos da Rouanet e foi realizado exclusivamente com dinheiro privado

Fernanda Torres Globo de Ouro

Fernanda Torres entrou para a história na noite desse domingo (5/1) ao conquistar o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama por sua atuação em Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles. Um dia após o prêmio inédito, o ex-presidente Jair Bolsonaro criticou o governo federal pelos recursos destinados à Lei Rouanet.

Bolsonaro publicou, no X, nesta segunda-feira (6/1), um vídeo de um internauta, datado de 18 de dezembro de 2024, reclamando das balsas em Goiânia. Bolsonaro aproveitou a publicação para alfinetar a Lei Rouanet.

“Parece vídeo repetido, mas não é. Outro brasileiro denunciando a volta da ‘indústria das balsas’. O investimento em infraestrutura é rechaçado pela gestão Lula e, coincidentemente, jamais cobrado por outros governantes de outrora. Enquanto isso, a Rouanet…”, disse Bolsonaro na publicação.

Desde 2007, a Lei Rouanet proíbe o financiamento de longas-metragens de ficcção. Isso ocorreu porque a redação original da lei, que usava o termo genérico “filmes”, foi alterada para incluir apenas “obras cinematográficas de curta e média metragem e filmes documentais”.

Por isso, Ainda Estou Aqui não pôde ter sido financiado pela Lei Rouanet porque é um longa-metragem com 2 horas e 19 minutos de duração.

Lei Rouanet

Criada em 1991, a Lei Rouanet — que recebe o nome em homenagem a Sérgio Paulo Rouanet, secretário de Cultura da Presidência da República entre os anos 1991 e 1992 — tem o objetivo de captar e dirigir recursos para o setor cultural. O Ministério da Cultura (Minc) é responsável por acompanhar a execução dos projetos.

As propostas são enviadas por gestores, produtores, artistas e instituições, e precisam cumprir requisitos para receberem autorização para a captação de recursos, que partem de patrocinadores ou doares, e não do governo.

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