Redação Pragmatismo
Saúde 15/Abr/2025 às 16:13 COMENTÁRIOS
Saúde

Estudante de medicina filma exame ginecológico e expõe partes íntimas de paciente

Publicado em 15 Abr, 2025 às 16h13

Até onde vai o limite dessa geração que transforma intimidade em espetáculo e a dor em engajamento? Fazer o que tem que ser feito já não é o suficiente; é preciso ligar uma câmera para postar nas redes e engajar. A jovem estuda na Universidade Evangélica de Goiás, foi suspensa por 5 dias após a repercussão do caso e já está levando sua vida normalmente

estudante medicina goiás

Uma estudante do primeiro período de Medicina da Universidade Evangélica de Goiás (UniEvangélica) está sendo investigada pela Polícia Civil após filmar e divulgar nas redes sociais um exame ginecológico realizado em uma paciente em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Anápolis. No vídeo, a paciente aparece deitada na maca com as partes íntimas expostas. O caso ocorreu em janeiro deste ano, mas ganhou repercussão nacional nos últimos dias. ​

A UniEvangélica informou que, ao tomar conhecimento do ocorrido, aplicou uma suspensão de cinco dias à estudante, que posteriormente foi reconduzida às atividades acadêmicas. A Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis considerou a conduta inadmissível e destacou que nenhum procedimento deveria ser realizado sem a presença de um preceptor. A Organização Social responsável pela gestão da UPA na época já foi destituída da função.

A Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher (Deaem) investiga o caso, e a estudante poderá responder pelo crime de divulgação de imagens íntimas sem autorização.

A geração que filma tudo

A busca por engajamento nas redes sociais tem levado alguns indivíduos a ultrapassarem barreiras éticas e legais, transformando momentos íntimos e, por vezes, dolorosos em conteúdo para consumo público.​

Especialistas alertam para a necessidade de uma formação ética sólida, especialmente em áreas sensíveis como a medicina, onde o respeito à privacidade e à dignidade do paciente deve ser primordial.

A exposição indevida de procedimentos médicos não apenas viola direitos individuais, mas também compromete a confiança na relação entre profissionais de saúde e pacientes.

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