Temer libera R$ 1 bilhão para a intervenção no Rio, mas interventor pede 3 bi
O presidente Michel Temer anunciou, nesta terça-feira (20), a liberação de R$ 1 bilhão para a Intervenção Militar no Rio de Janeiro, mas general interventor pede R$ 3,1 bi
O presidente Michel Temer anunciou, nesta terça-feira (20), a liberação de R$ 1 bilhão para a Intervenção Militar no Rio de Janeiro.
“Nós vamos garantir recursos para a intervenção no Rio de Janeiro e vamos garantir recursos para a pasta da Segurança. Isso já está definido e assegurado. Para o Rio de Janeiro, R$ 1 bilhão”, disse Temer.
Inicialmente, Temer havia prometido R$ 800 milhões. O acréscimo de R$ 200 milhões na conta aconteceu após pressão do general interventor, Walter Braga Netto, que exigiu uma quantia muito maior: R$ 3,1 bilhões.
Segundo o Gabinete de Intervenção Federal, do total de R$ 3,1 bilhões, cerca de R$ 1 bilhão seriam usados para o pagamento de pessoal. Aproximadamente R$ 1,5 bilhão seria usado para custeio e investimentos até o fim do ano e R$ 600 milhões serviriam para pagamento de dívidas já existentes.
Para Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, o governo terá muita dificuldade de conseguir o valor solicitado pelo interventor.
“São R$ 3 bilhões. A gente pergunta: de onde virão os R$ 3 bilhões para suprir a demanda do interventor?”, questionou Maia, em discurso durante seminário de segurança. “Temos o Orçamento da União 100% comprometido com despesas obrigatórias, e ninguém tem coragem de enfrentar esse tema”, afirmou.
O parlamentar, que é pré-candidato à Presidência da República pelo DEM, destacou que defende duas reformas: uma que discuta a efetividade das despesas do Estado brasileiro, e outra que dê mais segurança jurídica para o país, de forma que o setor privado tenha mais tranquilidade ao investir e gerar empregos no Brasil.
“Acredito que precisamos discutir, de fato, o Estado brasileiro, um Estado que atende a poucos, uma burocracia que inviabiliza muitas vezes os investimentos”, constatou.
A intervenção militar no Rio foi decretada por Temer em fevereiro deste ano e deverá durar até dezembro. Saiba mais sobre a medida aqui.