MBL reclama de "censura no Facebook" após exclusão de página
Página de apoio ao MBL é excluída do Facebook e movimento reclama de "censura" e "perseguição". Segundo o grupo extremista, fanpage foi derrubada por “expor a hipocrisia do ator Bruno Gagliasso”
Nesta quarta-feira (11), o Movimento Brasil Livre (MBL) divulgou uma nota para reclamar da derrubada de uma de suas principais páginas no Facebook, a “Corrupção Brasileira Memes”.
A fanpage “humorística” tentava passar a impressão de ser imparcial, mas era administrada por integrantes do grupo liderado por Kim Kataguiri e Fernando Holiday.
Na nota, o MBL fala em “operação cala-boca do Facebook”. Segundo o grupo, a rede social de Mark Zuckerberg protege canais de esquerda e persegue a direita.
“As redações de jornais, televisão e grande mídia em geral são dominadas pela patrulha da esquerda. O que poucos sabem é que essa gente também controla o Facebook”, reclama o MBL.
O MBL diz que a página “Corrupção Brasileira Memes” foi tirada do ar por “expor a hipocrisia do ator Bruno Gagliasso que defendia o linchamento público de YouTubers por discurso de ódio, mas praticava homofobia e machismo em posts antigos”.
Para reforçar a tese de que estão sendo perseguidos, os meninos de extrema-direita citam nominalmente, na nota, Olavo de Carvalho e Jair Bolsonaro.
“O filósofo Olavo de Carvalho tem se queixado do alcance da queda de suas publicações. O mesmo se aplica a Jair Bolsonaro. Nossa página do MBL sofreu um corte drástico de audiência nos últimos meses, com o alcance despencado”, assinala a nota.
Evidentemente, a teoria do MBL é falaciosa. Pragmatismo Político e outras páginas de cunho progressista também enfrentam a mesma perda de alcance no Facebook e, consequentemente, declínio de audiência oriundo daquela rede social.
Desde janeiro, uma mudança drástica anunciada oficialmente no algoritmo do Facebook reduziu o alcance orgânico de fanpages e passou a favorecer posts de amigos, familiares e grupos. Não foi a primeira vez e talvez não seja a última.
Ao comentar a reclamação do MBL, o senador Lindbergh Farias ironizou: “A piada do dia é a nota do MBL dizendo que o “movimento” é vítima de “perseguição” pelo Facebook! Ah, Zuckerberg, seu comunista disfarçado… é rir pra não chorar”.
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