Redação Pragmatismo
Xenofobia 25/Jul/2018 às 13:10 COMENTÁRIOS
Xenofobia

Passageira faz transmissão ao vivo comovente e impede avião de decolar

Publicado em 25 Jul, 2018 às 13h10

“Eu não quero que a vida de um homem seja tirada apenas porque vocês não querem perder o voo de vocês”, Visivelmente emocionada, jovem passageira iniciou, dentro do avião, uma transmissão de vídeo ao vivo em seu Facebook e impediu uma aeronave de decolar

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Passageira impediu avião de decolar na Suécia de maneira inesperada

Eu não quero que a vida de um homem seja tirada apenas porque vocês não querem perder o voo de vocês. Eu não vou sentar enquanto essa pessoa não for retirada do avião […] Ninguém tem o direito de enviar uma pessoa ao inferno”.

A frase acima foi proferida pela jovem sueca Elin Ersson em uma transmissão ao vivo (ver abaixo) em seu Facebook de dentro de um avião que estava prestes a decolar no aeroporto de Gotemburgo com destino à Turquia. As informações são do The Guardian.

Elin, que é estudante e ativista, sabia que um imigrante afegão em seu voo seria deportado para seu país de origem. Por isso, levantou-se e iniciou a ‘live’, alegando que só se sentaria novamente quando o passageiro fosse retirado da aeronave.

A transmissão obteve milhares de reações e visualizações. Inicialmente, um passageiro irritado com a jovem chegou a tentar tomar o celular de suas mãos, sem sucesso.

Com o passar do tempo, porém, outros viajantes passaram a apoiá-la e, inclusive, levantar de seus lugares. Após 15 minutos rejeitando os pedidos da tripulação para que se sentasse, a estudante conseguiu desembarcar, sob aplausos, acompanhada pelo imigrante e três seguranças.

O jornal The Guardian lembra que, apesar de comovente, a intervenção da jovem foi planejada. Elin comprou a passagem aérea depois que um grupo de ativistas pró asilo do qual faz parte descobriu que um imigrante a bordo seria obrigado a deixar o país.

A Suécia passará por um processo eleitoral em breve e a política migratória é um tema que tem sido calorosamente discutido pela população.

O país tem histórico progressista e acolheu milhares de refugiados nos últimos anos, mas movimentos de extrema direita estão ascendendo — alguns deles liderados, inclusive, por supremacistas brancos.

Segundo as autoridades, o destino do imigrante que foi temporariamente “salvo” por Elin ainda é incerto.

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