Geraldo Alckmin diz que Ana Amélia é a "vice dos sonhos"
Ana Amélia (PP) aceita convite para ser vice de Geraldo Alckmin (PSDB). Presidenciável tucano chama senadora de "vice dos sonhos"
A senadora gaúcha Ana Amélia (PP) afirmou que vai abrir mão de sua reeleição ao Senado em nome de um “projeto de interesse maior”: integrar a chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa à presidência da República.
Em contrapartida, o PSDB terá de apoiar o deputado federal Luís Carlos Heinze (PP/RS) em sua candidatura ao Senado. Heinze concorreria ao governo do Rio Grande do Sul, mas, com o novo acordo, ele deve disputar a cadeira de Ana Amélia no Senado.
“Foi uma honra muito grande, como senadora de primeiro mandato, chegar a essa condição”, declarou Ana Amélia. Mas ao mesmo tempo a parlamentar afirma que é uma decisão difícil, pois sua candidatura ao Senado estava bem encaminhada.
Os partidos do “Centrão” – integrado por PP, DEM, PR, PRB e Solidariedade – indicaram apoio ao tucano e vinham discutindo o nome que iria compor a chapa com o tucano.
O ex-governador tinha um leque de possíveis vices, desde que o empresário Josué Gomes da Silva, a primeira opção, rejeitou formar chapa com ele. Entre os demais nomes estavam o ex-deputado federal e ex-ministro Aldo Rebelo (SD), a vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho, e o empresário Benjamin Steinbruch.
“Vice dos sonhos”
Em sabatina na GloboNews na noite desta quinta-feira (2), Geraldo Alckmin disse que Ana Amélia é a “vice dos sonhos”. “A senadora gaúcha Ana Amélia aceitou e, num gesto importante, abriu mão de disputar a sua reeleição para vir conosco nessa caminhada”, disse o presidenciável.
“Está decidido, os cinco partidos do centro democrático delegaram a nós a escolha, foi muito boa, estamos extremamente otimistas”, continuou. “Não poderia ter uma pessoa mais respeitada e querida por todos os partidos que a senadora Ana Amélia”, declarou o ex-governador de São Paulo.
Corrupção
Geraldo Alckmin foi confrontado com perguntas sobre corrupção e disse que apoia a Lava Jato. Apesar das declarações de apoio às investigações, o presidenciável afirmou que no Brasil, no momento, “se julga as pessoas antes de elas serem condenadas”.
Questionado a respeito das delações premiadas de executivos da Odebrecht que citaram pagamentos de 10,3 milhões de reais em caixa dois às campanhas de Alckmin em 2010 e 2014, supostamente entregues ao cunhado do tucano, Adhemar Ribeiro, o ex-governador negou irregularidades. “O irmão da minha esposa é casado com uma banqueira, dono de financeira, nunca participou de tesouraria nenhuma”, respondeu.
Ana Amélia
Ana Amélia é jornalista e ficou conhecida por seu trabalho no grupo GLOBO/RBS. Chegou ao Senado em 2010, em sua primeira disputa eleitoral. Uma das lideranças da Frente Parlamentar Agropecuária, atua na defesa do agronegócio e da livre iniciativa.