Homem que matou mulher na frente do filho chega sorrindo na delegacia
Homem que executou corretora na frente do filho se entrega e chega sorrindo na delegacia, acompanhado por advogados. Ele foi orientado a ficar em silêncio no primeiro depoimento. Mandante do crime, o marido da vítima – que é pai do menino – ainda está foragido
Paulo Maurício Barros Pereira se entregou à polícia na noite desta terça-feira (21). Ele é acusado por ter executado a corretora Karina Garófalo na última semana.
Paulo Maurício teria agido a mando do seu primo, Pedro Paulo Barros, ex-marido de Karina e pai do filho dela. O assassinato da mulher ocorreu na frente do menino. Pedro ainda está foragido.
A investigação policial revela que Paulo Maurício seguiu Karina e, perto do condomínio onde a família mora, disparou quatro vezes contra ela. Dois tiros acertaram a cabeça da corretora, que morreu na hora. O atirador foi reconhecido pelo filho dela.
Na delegacia, Paulo Maurício adotou expressão facial debochada e, orientado por seus advogados, permaneceu o tempo inteiro em silêncio.
A prisão de Pedro Paulo Barros, mandante do crime, também foi decretada pela Justiça. “Nós até este momento não temos ainda a informação do seu paradeiro. Ainda é incerto, nós não sabemos, mas isso vai ser esclarecido ao longo da investigação conduzida aqui pela Delegacia de Homicídios”, afirmou o delegado encarregado.
Herança
Segundo a polícia, Karina e Pedro brigavam na Justiça por uma herança de mais de R$ 3 milhões. De acordo com o delegado André Barbosa, o próprio filho do casal reconheceu o primo do pai e gritou no depoimento: “Papai mandou matar mamãe”.
Segundo o policial, o depoimento do menino foi “assustador”. Ele deu detalhes da ação e reconheceu imediatamente Paulo Maurício ao ser confrontado com a foto em que o homem aparece dentro do carro do crime.
“O menino joga muito vídeo game e soube descrever com detalhes a arma do crime. Ele sabia inclusive que se tratava de um silenciador que estava acoplado na pistola”, revelou o delegado.
Segundo a investigação, Pedro estava ainda inconformado com a felicidade de Karina. A mulher estava há 4 meses morando com um novo companheiro e o ex-marido não aceitava o fim do casamento.
“Ela estava morando junto com o novo companheiro há cerca de 4 meses e a felicidade da mulher pode ter provocado ira no ex-marido. O crime guarda todos os qualificadores de um feminicídio. E as investigações apontam pelo menos para um homicídio triplamente qualificado. Por ser mulher, motivo torpe e sem possibilidade de defesa”, disse o delegado.