Redação Pragmatismo
Mulheres violadas 21/Set/2018 às 12:45 COMENTÁRIOS
Mulheres violadas

Cristiane Pereira, mais uma vítima de feminicídio no Brasil

Publicado em 21 Set, 2018 às 12h45

Cristiane de Fátima Pereira é mais uma vítima de feminicídio no Brasil. Ela levou 12 facadas do ex-marido, que não aceitava a separação

feminicidio Cristiane de Fátima Pereira
Cristiane de Fátima Pereira

Cristiane de Fátima Pereira, de 35 anos, é mais uma vítima de feminicídio no Brasil.

No último dia 16 de setembro, a mulher levou 12 facadas do seu ex-marido, Danilo André Júnior, de 36 anos. Ele não aceitava a separação.

O crime ocorreu no Espírito Santo, mas Danilo André fugiu para Minas Gerais, onde foi encontrado pela polícia e preso nesta sexta-feira (21).

O homem confessou que desferiu os golpes de arma branca contra a ex-esposa. Familiares confirmaram à polícia a versão de que ele estava inconformado com a separação.

Cristiane já havia feito diversas denúncia contra o homem e tinha medida judicial protetiva contra ele. Mas nada disso foi capaz de salvar a sua vida.

No dia do crime, ela chegou a ser socorrida e levada a um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

Testemunhas contaram que ela havia se mudado há menos de um mês para a nova casa.

Moradores acreditam que ela preferiu alugar uma casa fechada para se sentir mais protegida. No entanto, o acusado descobriu o endereço e foi até o local.

Danilo bateu no portão e, ao ser atendido, agrediu Cristiane.

Um enfermeiro do hospital confirmou que ela sofreu 12 perfurações, distribuídas pelos membros superiores, tórax e abdômen.

Mais de 10 mil feminicídios sem solução

O Brasil deixou de julgar 10.786 casos de assassinos de mulheres em 2017 porque a quantidade de casos ultrapassa a capacidade da justiça brasileira em punir os responsáveis pelos crimes, segundo um estudo divulgado.

“O volume de processos é maior que a capacidade da Justiça de julgar responsáveis pelos crimes. O ano de 2017 terminou com 10,7 mil processos de feminicídio sem solução da Justiça”, lê-se no relatório “O Poder Judiciário na Aplicação da Lei Maria da Penha – 2018”, elaborado pelo Conselho Nacional (CNJ) de Justiça.

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