“Vou me inteirar e ver o que podemos fazer”, diz Moro sobre assassinato de Marielle
Confessando não ser totalmente familiar ao caso, Sergio Moro disse que irá estudar a investigação da morte de Marielle Franco, executada há 8 meses: “Assumindo o Ministério, vou me inteirar e ver o que podemos fazer”
Sergio Moro, futuro ministro da Justiça, prometeu dar atenção ao assassinato de Marielle Franco.
A execução da vereadora do PSOL completará 8 meses no próximo dia 14 de novembro, sem que nenhum responsável tenha sido apontado ou punido. O atentado contra a parlamentar também tirou a vida do motorista do veículo, Anderson Gomes.
Confessando não ser totalmente familiar ao caso, Moro disse que irá estudar a investigação. “O assassinato de Marielle e Anderson tem que ser solucionado. Assumindo o Ministério, vou me inteirar e ver o que podemos fazer”, prometeu.
a última quinta-feira (1), o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou que mandou a Polícia Federal abrir um inquérito para apurar denúncias de que haveria um esquema para impedir a “elucidação dos mandantes e executores reais” do crime.
A partir de 2019, Moro será responsável também pela PF, uma vez que irá acumular as pastas da Justiça e Segurança Pública.
O crime
Marielle chegou à Casa das Pretas, na rua dos Inválidos, na Lapa, para mediar um debate promovido pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) com jovens negras, por volta das dezenove horas.
Segundo imagens obtidas pela polícia, um Cobalt com placa de Nova Iguaçu, município da Baixada Fluminense, estava parado próximo ao local. Por volta das vinte e uma horas, Marielle deixou a Casa das Pretas com uma assessora e um motorista, sendo logo seguida por um Cobalt.
Trinta minutos depois, na Rua Joaquim Paralhes, no Estácio, um veículo emparelha com o carro de Marielle e faz treze disparos. Nove acertam a lataria e quatro acertam o vidro.
A vereadora foi atingida por três tiros na cabeça e um no pescoço e o motorista levou ao menos três tiros nas costas, causando a morte de ambos.
A assessora foi atingida por estilhaços, levada a um hospital e liberada. A polícia declarou acreditar que o carro dela foi perseguido por cerca de quatro quilômetros. Os executores fugiram do local sem levar quaisquer bens.