Contrário à PEC das Domésticas, Jair Bolsonaro perde a empregada
Ex-empregada diz que Jair Bolsonaro era um bom patrão e que a dispensa nada teve a ver com o fato do deputado discordar da ampliação dos direitos trabalhistas das domésticas
Ontem, dia em que a PEC das Domésticas foi votada no Senado, Eliana Monteiro, de 46 anos, começou em um novo emprego. Ex-empregada do deputado federal Jair Bolsonaro (PP/RJ) – contrário à proposta -, Eliana pediu dispensa da casa do parlamentar anteontem.
Não por discordar da opinião do patrão sobre a ampliação dos direitos da categoria, mas porque vai registrar na carteira de trabalho um polpudo aumento salarial de 33%. A arrumadeira conseguiu um emprego em que ganhará R$ 2 mil, em lugar dos R$ 1.500 que recebia na casa do político, além de manter os mesmos benefícios concedidos.
– Ele é um patrão muito bom e recolhia meu FGTS. Nunca atrasou nada, muito pelo contrário. Nem descontava do meu salário o que recolhia para o INSS – contou Eliane, que ficou na casa de Bolsonaro por um ano e meio e, a cada 15 dias, ganhava passagens para visitar a família em Campos (RJ).
– Custava R$ 170 por viagem, mas ele nunca se importou. Ele e a mulher são bons patrões, só pedi demissão porque passaria a ganhar mais – contou.
Para o deputado, a PEC das Domésticas vai gerar uma onda de demissões que pode atingir até 50% das empregadas.
Jornal Extra. Edição: Pragmatismo Politico