Novo presidente da Apex mal fala inglês e é tratado como mico do governo Bolsonaro
Diplomatas e servidores estão constrangidos com a falta de preparo do novo presidente da Apex, nomeado há uma semana. Alecxandro Carreiro está sendo tratado como mais um mico pago pelo governo Bolsonaro
Alecxandro Carreiro, novo presidente da Apex, está sendo tratado por diplomatas de diversos níveis e servidores da empresa como mais um mico promovido pela equipe do governo Bolsonaro.
Empossado há menos de uma semana, Carreiro mal fala inglês e tem um currículo sofrível. Ele é formado em Comunicação Social numa universidade abaixo da crítica e nunca teve experiência em comércio exterior.
Tempos atrás, Carreiro se aventurou como empresário, ao fundar uma consultoria para prestar assessoria a municípios. Não deu certo. No ano passado, a Receita Federal deu baixa na empresa por inaptidão.
Diplomatas importantes defendem a demissão imediata do presidente da Apex, sob argumento de que é melhor reconhecer o erro agora do que tê-lo de exonerar depois de uma eventual gafe internacional de grande repercussão.
Fã de Trump e Bolsonaro
O nome de Alecxandro Carreiro foi sugerido a Bolsonaro por Ernesto Araújo, atual ministro das Relações Exteriores.
Na Apex, quase ninguém conhecia o atual chefe, a não ser de postagens em redes sociais. Numa delas, Carreiro segura uma faixa grande (ver abaixo) em que aparecem imagens de Bolsonaro e Donald Trump com a bandeira brasileira ao fundo.
Carreiro também exibe, em outra postagem, foto de uma farda do Exército com a inscrição “Alex”. O orçamento da Apex supera R$ 650 milhões por ano.
APEX
A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) é uma empresa vinculada ao Itamaraty.
A missão da Apex é promover as exportações dos produtos e serviços do Brasil, contribuir para a internacionalização das empresas brasileiras e atrair investimentos estrangeiros para o país.
A Apex trabalha para aumentar o número de empresas exportadoras, agregar valor à pauta de produtos exportados, consolidar a presença do país em mercados tradicionais e abrir novos mercados no exterior para os produtos e serviços nacionais.