Redação Pragmatismo
Educação 10/Mai/2019 às 17:30 COMENTÁRIOS
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Ministro da Educação usa chocolates para explicar tesourada nas universidades

Publicado em 10 Mai, 2019 às 17h30

Ao lado de Bolsonaro, Ministro da Educação usa chocolatinhos para explicar cortes de investimentos nas universidades: "A gente só está pedindo para deixar pra comer depois de setembro". Presidente quase se engasga ao comer um chocolate

Ministro da Educação usa chocolates para explicar tesourada nas universidades
Live de Jair Bolsonaro com Abraham Weintraub, ministro da Educação (Imagem: Captura de tela)

Ana Beatriz Rosa, Huffpost

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, usou a transmissão semanal desta quinta-feira (9) do presidente Jair Bolsonaro no Facebook para “desenhar” o contingenciamento de recursos para universidades federais.

Tem muita gente que está espalhando o terror e coisas que não estão acontecendo”, disse, ao jogar barras de chocolate – Prestígio, Lollo e Chokito – sobre a mesa, ao lado de Bolsonaro.

Na última semana, Weintraub anunciou que iria bloquear 30% dos recursos das universidades federais do país. Em audiência nesta semana no Senado, ele disse que a medida não é um corte, e que se a economia voltar a crescer, os recursos podem ser descontingenciados.

O senhor gosta de chocolate, presidente? E de prestígio? Eu vou oferecer para as moças, que para marmanjo eu não ofereço”, afirmou o ministro, antes de iniciar a explicação dizendo que tem um orçamento “que é de mais ou menos 100 chocolates”.

A gente só está dizendo que 3 chocolatinhos e meio, desses 100… a gente não está falando que está cortado. A gente só está pedindo para deixar pra comer depois de setembro. Isso é segurar um pouco”, afirmou. “Sr. presidente, você já passou por isso – de ter uma época difícil e precisar segurar?”, completou. Bolsonaro pegou e comeu a metade do chocolate que Weintraub cortou.

O ministro disse ainda que “nesse momento em que está todo mundo apertando os cintos”, o Ministério da Educação “não está mandando ninguém embora”. “Todos os salários estão preservados. Se fosse numa empresa, seria diferente. Aqui, todo mundo está recebendo em dia. A gente também está falando que toda ajuda que o aluno recebe também está em dia.”

Weintraub disse que está disposto a conversar com todos os reitores que quiserem.

Assista ao vídeo

A educação merecia um ministro de porte”, disse Bolsonaro. “Ele é professor e gestor. As universidades estão preservadas, não existe esse terror”, afirmou o presidente, completando que, “nos governos Lula e Dilma cortaram R$ 10 bilhões e ninguém falou nada”. “Nós não cortamos, deixamos pra mais tarde com o decorrer da nossa economia.”

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Bolsonaro será recebido por Bush nos EUA

O presidente também comentou sobre a viagem que vai fazer para os Estados Unidos na próxima semana, entre os dias 15 e 16.

Bolsonaro será homenageado em um jantar de gala oferecido pela Câmara de Comércio Brasil-EUA.

Inicialmente, o evento aconteceria em um museu de Nova York. Mas o destino precisou ser transferido após a direção da instituição negar receber Bolsonaro.

Após a decisão, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, afirmou que o presidente não era bem-vindo na cidade.

Respeito o prefeito de NY em não me querer lá, mas não sei o que ele vai ganhar com isso. Estarei no Texas, serei recebido pelo ex-presidente Bush e farei a agenda que seria feita em NY”, afirmou Bolsonaro.

O presidente afirmou que de Blasio se comporta “como um radical”.

Presidente questiona estudos sobre violência e armas

Ainda na transmissão, o presidente Jair Bolsonaro comentou sobre o decreto que dá direito ao porte de armas para caminhoneiros, advogados e jornalistas.

Para o porte de armas, você tem que comprovar a necessidade. São algumas categorias incluídas, talvez faltem outras. Os caminhoneiros, os advogados, os jornalistas.. Tá vendo aí, não sou inimigo de vocês”, afirmou.

Sobre as críticas ao projeto, o presidente disse que não recebeu comentários de “ninguém que entende de armamento”.

Só vi críticas dos especialistas de sempre, inclusive daquela [Ilona] Szabó. Eu queria que ela mostrasse na prática que as teses dela são as mais aconselhadas para combater a violência no Brasil”, disse.

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