Governo Bolsonaro bate recorde de rejeição, mostra nova pesquisa Ibope
Ibope acaba de divulgar nova pesquisa sobre a avaliação do governo de Jair Bolsonaro. Números são os piores desde a posse e preocupam o Planalto
O Ibope divulgou na tarde desta quinta-feira (27) a sua mais nova pesquisa sobre a avaliação do governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
O levantamento foi encomendado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria).
Os números mostram que a aprovação do governo está em queda e atingiu o menor índice desde a posse de Bolsonaro, em janeiro.
A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 26 de junho em todo o Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
COMO VOCÊ AVALIA O GOVERNO BOLSONARO:
♦ Ótimo/bom: 32%
♦ Regular: 32%
♦ Ruim/péssimo: 32%
♦ Não sabe/não respondeu: 3%
Em relação ao último levantamento CNI/Ibope, divulgado em abril, o índice de ótimo/bom oscilou negativamente três pontos percentuais, dentro da margem de erro: de 35% para 32%. Já o registro de ruim/péssimo subiu cinco pontos: 27% para 32%.
Na comparação entre todos os levantamentos mensais – com exceção de maio, em que não houve pesquisa -, a aprovação do governo em junho é a pior do ano.
Avaliação do governo Bolsonaro como ótimo ou bom:
♦ jan/2019: 49%
♦ fev/2019: 39%
♦ mar/2019: 34%
♦ abr/2019: 35%
♦ jun/2019: 32%
51% não confiam em Bolsonaro
O percentual dos que confiam em Jair Bolsonaro passou de 51% para 46%, enquanto os que não confiam pularam de 45% para 51%. O cruzamento de dados aponta que a queda na popularidade do presidente é maior entre as mulheres.
Na análise por região, o desempenho foi pior entre os residentes nas regiões Norte/Centro-Oeste e Nordeste. No momento da divulgação da pesquisa, o presidente está no Japão para participar da cúpula dos líderes do G20.
Interlocutores do Planalto que permaneceram no Brasil receberam os números com preocupação. Eles alegam que o aumento da rejeição ao governo deve-se, entre outras coisas, a uma campanha difamatória coordenada pela imprensa.
Apoiadores do presidente admitem, porém, que há uma agenda política negativa em destaque há vários meses e que isso não favorece a imagem de Jair Bolsonaro e do seu governo.
Os vazamentos da Lava Jato, as denúncias contra Flávio Bolsonaro, o desaparecimento de Queiroz, as dúvidas sobre a Previdência, o fracassado decreto de armas, a prisão do militar com cocaína em avião da FAB e a prisão dos assessores do ministro do Turismo são temas delicados ao governo.