Youtuber tira a própria vida após se casar consigo mesma
Um dia depois de se casar consigo mesma, youtuber comete suicídio. Alinne foi abandonada pelo noivo na véspera do casamento, mas decidiu manter a cerimônia
A influenciadora digital Alinne Araújo, de 24 anos, cometeu suicídio nesta segunda-feira (15), um dia depois de se casar consigo mesma no último domingo (14).
A jovem morava no Rio de Janeiro, atuava no Youtube e mantinha o perfil @Sejjesincera no Instagram, com cerca de 300 mil seguidores.
A morte de Alinne foi confirmada por familiares e amigos. Além de ter sido abandonada pelo noivo um dia antes da cerimônia de casamento, a jovem sofria de depressão.
No último fim de semana, a estudante de Psicologia resolveu levar adiante os planos da festa de casamento depois que o noivo terminou o relacionamento menos de 24 horas antes da hora marcada para o matrimônio.
Alinne dividia os preparativos com seus seguidores e contou que o rapaz havia rompido com ela por mensagem de texto, mas que ia manter a festa.
“Eu recebi a notícia estava dirigindo, tive uma crise no volante, larguei meu carro e me atirei numa via expressa. Mas papai do céu é bom e me salvou mais uma vez. Poderia ficar aqui chorando, mas tem uma festa linda me esperando, então hoje caso comigo mesma em nome da minha vida nova”, disse ela no sábado.
A história se espalhou nas redes sociais no domingo e a jovem passou a sofrer ataques nos vídeos e fotos que compartilhou, vestida de noiva e fazendo a entrada ao lado dos pais na festa de casamento.
Na segunda-feira (15), horas depois dos acontecimentos, Alinne afirmou, em seu Instagram Stories, que estava sofrendo críticas de pessoas que acharam que ela inventou a história para chamar a atenção.
“Gente, eu não estou nem aí para o que vocês pensam. Haters, no caso. Vou continuar sendo o que posso ser. Quer me chamar de ‘biscoteira’, marketeira… É legalzão mesmo fazer um marketing sobre uma noiva que foi abandonada no altar”, disse Alinne no início da tarde.
“É a última vez que me pronuncio sobre acharem que eu quero me promover em um dos piores momentos da minha vida”, disse ela.
Como ajudar
O número de quem tira a própria vida já ultrapassa a taxa de mortos por HIV no mundo. Mas, segundo a Organização Mundial da Saúde, 90% dos casos poderiam ser evitados. Como? É mais simples do que parece: ouvir quem cogita se suicidar – sem julgamento, com acolhimento, com humanidade.
Se tiver uma brecha com alguém que dê sinais de estar pensando no assunto, diga o mais honestamente possível: “como posso ajudar?”. E, claro, busque sempre apoio profissional. Além de psiquiatras e terapeutas, grupos de ajuda em comunidades e fóruns também servem de canais de extravasamento e conhecimento.
Uma opção é o Centro de Valorização da Vida (CVV). Não é terapia, é quase um pronto-socorro emocional, que oferece ajuda 24 horas por dia, todos os dias da semana.
Não tem fins políticos, religiosos ou lucrativos. Entre em contato pelo chat no site, pelo telefone (188), por Skype, por e-mail ou pessoalmente em um dos postos de atendimento.