Modelo bolsonarista é presa por vender emagrecedores ilegais
Modelo e “influenciadora digital” foi presa por vender produtos ilegais com substâncias de medicamentos controlados e prescritos por psiquiatras. Bolsonarista e “cidadã de bem”, ela ganhou liberdade após pagar fiança
Em dezembro, a modelo e “influenciadora digital” Paula Biazin foi detida em sua casa em Sorriso, a 400 quilômetros de Cuiabá.
A polícia cumpria mandados de busca e apreensão a pedido do Ministério Público Estadual, que investiga uma organização criminosa que está fabricando dois produtos ilegais: o “Moder Diet” e o “Fit Gold”.
O remédio anunciado como “fitoterápico” contém substâncias de medicamentos controlados e prescritos por psiquiatras.
O delegado responsável pelo caso, Nilson Farias, informou que o produto contém diazepan, medicamento controlado para tratamento de ansiedade, e sibutramina, remédio utilizado para rápida sensação de saciedade dando também efeitos colaterais como prisão de ventre, boca seca, insônia, aumento da frequência cardíaca, aumento da pressão arterial, delírio, entre outros.
Em depoimento, Paula alegou que não sabia o que estava vendendo e que só fazia a divulgação nas redes sociais. Foi liberada após pagar fiança de cinco salários mínimos.
O juiz de plantão entendeu que a digital influencer, por ser casada, ter filhos, não ter antecedentes criminais, não tinha nada que justificasse a manutenção da prisão.
O caso foi registrado como falsificação, corrupção, ou adulteração de produto destinado a fins terapêuticos.
Paula já está de volta à ativa fazendo propaganda de qualquer coisa — de chinelo a pochete, passando por whey protein a capa de celular. Como não poderia deixar de ser, ela é também cidadã de bem e bolsonarista.