URGENTE: Brasil tem 407 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas
Número é quase duas vezes maior do que o recorde de óbitos anterior. Apenas em São Paulo foram 211 mortes em apenas um dia
Subiu para 3.313 o número de mortes confirmadas pelo novo coronavírus no Brasil. Foram 407 óbitos em 24 horas, maior número registrado desde o início da pandemia. Até ontem, eram 2.906 mortes registradas.
O recorde anterior foi de 217 vítimas fatais, registrado no dia 17 de abril. No total, são 49.492 casos oficiais no país. As informações são do Ministério da Saúde e foram divulgadas no final da tarde desta quinta-feira (23).
O número de novos casos de coronavírus também foi o maior já registrado no perídio de 24 horas: 3.735.
Apenas no estado de São Paulo foram 211 novas mortes por coronavírus em 24h — sendo mais de oito vítimas da doença por hora. Trata-se do recorde de óbitos em um dia. Na quarta (22), foram confirmadas 41 mortes. Na terça (21), 56.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, o estado atingiu a marca de 1.345 vítimas da Covid-19. Ainda segundo a pasta, são 114 cidades com pelo menos uma vítima do coronavírus, e 16.740 casos confirmados da doença, distribuídos em 256 municípios.
“Aumento maior que o esperado”
O ministro da Saúde, Nelson Teich, afirmou hoje durante coletiva de imprensa que o aumento de 407 mortes confirmadas de ontem para hoje foi maior do que o esperado pelo governo.
“Em relação aos números, sobre casos novos e óbitos, a gente teve um aumento nos óbitos que foi acima do que vinha acontecendo anteriormente”, afirmou o ministro.
“A gente não sabe se isso representa um esforço de fechar os diagnósticos ou se representa uma linha de tendência de aumento. Como eu disse ontem, a gente avalia todo dia o que acontece até hoje à tarde. A partir dos dados novos, a gente define as próximas ações”, completou.
Com base no aumento registrado, o ministério avalia quais novas medidas podem ser tomadas a curto prazo, especialmente caso a tendência de aumento se mantenha.
“Na prática, o que se tem que fazer é acompanhar dia a dia. Se for uma linha de tendência de aumento, os números dos próximos dias vão aumentar cada vez mais, e a gente vai saber que isso não é um esforço pontual, é uma tendência. Por isso comentei ontem também que as expectativas, os modelos, as previsões, têm que ser feitos usando os dados mais recentes”, analisou Teich.
“Pior ainda não chegou”
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), afirmou hoje que ainda espera o pior momento da epidemia do novo coronavírus na cidade. Em entrevista coletiva, ele reforçou a necessidade de isolamento social e citou os quadros dramáticos vistos em outros locais.
“O pior ainda está por vir. Nossa prioridade é a defesa da vida da população de São Paulo. Vamos fazer o possível para não termos em São Paulo o que vemos pelo mundo”, explicou Covas.
O mandatário lembrou a situação vista principalmente em Guayaquil, que vive um colapso no sistema funerário, que foi aprofundada pela pandemia. “Do Equador a Nova York a questão dos enterros das vítimas tem sido um desafio”, avaliou.