URGENTE: Brasil bate recorde de mortes por coronavírus em 24h
Com número assustador de mortos por coronavírus em apenas 24 horas, Brasil ultrapassa o dobro de óbitos da China. Dados revelam que o país governado por Jair Bolsonaro já é considerado o campeão mundial da desobediência ao isolamento social
O Ministério da Saúde divulgou nesta sexta-feira (8) que o Brasil teve 751 novas mortes por coronavírus em apenas 24 horas — um recorde absoluto de óbitos para o período. O número é preocupante.
Agora, o Brasil totaliza 9.897 mortes e 145.328 casos confirmados de coronavírus. De ontem para hoje foram 10.222 novos casos.
Com a atualização do governo, o país ultrapassou o dobro do número de mortes da China (4.633). O Brasil tinha alcançado a China em relação aos óbitos por Covid-19 no dia 28 de abril.
751 mortes por coronavírus em apenas um dia é um número equivalente aos piores dias enfrentados por Itália e Espanha. No auge de suas epidemias, os dois países europeus variavam entre 700 a 900 mortes diariamente.
O prognóstico de que o Brasil se tornaria um dos epicentros globais da pandemia já se cumpriu. Com um governo hesitante e desorganizado no combate à doença, o país chegou a um ponto crítico da crise sem conseguir aplicar até agora o único remédio capaz de conter a expansão rápida do coronavírus: o rigoroso isolamento social.
No que se refere à quarentena, o Brasil é considerado o ‘campeão mundial’ em descumprimento, tendo na liderança um presidente que nega desde o início o tamanho do problema e, de forma irresponsável, não perde a oportunidade de conclamar a necessidade de as pessoas voltarem às ruas.
Depois de um começo promissor em março, a média de respeito à quarentena em território nacional vem caindo ao longo das semanas e, na terça passada, 5, o índice de adesão bateu em 42,4%, segundo dados da Inloco, plataforma de geolocalização que coleta informações de uma base de 60 milhões de celulares.
O patamar recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para “achatar” a curva da Covid-19 é de 70%. Recorrendo-se a uma metáfora médica, o Brasil é como o paciente que interrompe precocemente o tratamento de antibióticos ao primeiro sinal de melhora, mas depois precisa aumentar a dose para ser curado, o que prolonga o tempo de agonia diante de uma grave enfermidade.
