Militar que estuprou sobrinha de 12 anos é solto mesmo após comprovação pericial
Juiz concede liberdade a bombeiro militar que estuprou sobrinha de 12 anos na noite de Natal. Exame pericial constatou que houve penetração anal e o capitão não negou ter cometido o crime
O juiz plantonista Antônio Menezes, do Amapá, concedeu liberdade provisória ao bombeiro militar Josué Rodrigues Lima, suspeito de estuprar a sobrinha de 12 anos na noite de Natal (24) em Santana, a 17 km de Macapá (AP).
O exame pericial constatou que houve sexo anal, e o capitão não negou ter cometido o crime, permanecendo calado durante toda a audiência de custódia, realizada no último sábado (26).
Segundo informações repassadas à imprensa pelo delegado Felipe Rodrigues, da 1ª DP de Santana, a mãe da vítima contou que a filha foi deixada na casa de uma prima, casada com o militar, logo após a ceia de Natal.
O crime ocorreu por volta da 1h da madrugada do dia 25, e a esposa de Lima teria flagrado o crime e insistido, na manhã seguinte, para a criança ficar calada.
O delegado relatou que a vítima voltou para casa ao meio-dia. Seis horas depois, o suspeito foi até a casa da vítima, alegando que havia brigado com a esposa e precisava de um lugar para dormir. A mãe da vítima estranhou a situação, observou mensagens do casal no celular da filha e perguntou a ela o que tinha acontecido. A criança confirmou as suspeitas de estupro, comprovadas em seguida pela perícia.
Josué Rodrigues Lima foi detido no Corpo de Bombeiros Militar (CBM) até a audiência de custódia.
O argumento do juiz Antônio Menezes para conceder a liberdade é o fato de o militar não ter histórico de acusações semelhantes, possuir endereço fixo e ocupação lícita, e de não haver elementos que indiquem que o suspeito interferirá no curso das investigações. O plantonista afirmou ainda que os indícios de autoria, até o momento, foram extraídos apenas de “declarações testemunhais”.
Lima está proibido de ter contato com a vítima e deverá manter uma distância de ao menos 100 metros dela. O CBM do Amapá anunciou a instauração de um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o ocorrido.
Esclarecimento
O ‘Brasil de Fato’ não costuma noticiar ou repercutir crimes hediondos como esse. A publicação desta notícia, especificamente, justifica-se pela gravidade e ausência de repercussão nacional do caso, que pode terminar sem a devida responsabilização em razão da posição ocupada pelo acusado.