As principais teorias a respeito do voo Malaysia Airlines 370, que sumiu há sete anos
Sete anos de desaparecimento e nenhum corpo recuperado: voo Malaysia Airlines 370 segue repleto de teorias e mistérios
O avião da Malaysia Airlines MH370 desapareceu no dia 8 de agosto de 2014 e até hoje há mais perguntas do que respostas sobre o destino do voo, que saiu de Kuala Lumpur com direção à Pequim com 239 pessoas a bordo.
Desde 2014, duas buscas grandes foram feitas no solo oceânico, mas nenhum sinal da aeronave foi encontrado. Apenas alguns pequenos fragmentos do avião apareceram em 6 países diferentes.
Em 2018, a última busca foi paralisada e não há indícios de que será retomada. Nenhum corpo jamais foi encontrado.
O que dificultou a busca pela aeronave é a falta de pistas de onde o avião foi depois que o piloto desligou os radares e o GPS, para não ser rastreado.
As buscas pelos destroços do avião foram feitas em uma área de mais de 120 mil km², duraram mais de quatro anos, envolveram diversos países e consumiram centenas de milhões de dólares.
Foram utilizados aviões, barcos, mergulhadores, imagens de satélites, mapeamento de correntes marítimas e até análise de organismos marinhos encontrados nas poucas peças recuperadas.
Apesar de todo esse esforço, o mundo segue sem saber o que realmente aconteceu com o voo 370 da Malaysia Airlines.
Em um relatório de 440 páginas divulgado em 2017, o Escritório de Segurança de Transporte da Austrália concluiu que é “inconcebível na era da aviação moderna em que 10 milhões de passageiros embarcam em voos comerciais todos dias que um grande avião comercial esteja desaparecido”.
“As razões para o desaparecimento do voo MH370 não podem ser determinadas com segurança até que a aeronave seja encontrada”, disse o relatório. E como o Boeing 777 nunca foi achado, o mistério segue vivo sete anos após seu desaparecimento.
Livros e teorias
Segundo o site especializado em aviação Airline Ratings, já foram lançados 130 livros em todo o mundo tentando explicar o que pode ter acontecido com o avião da Malaysia Airlines.
A publicação mais recente é da jornalista francesa Florence de Changy, que desde 1991 é correspondente na região da Ásia e Pacífico para o jornal Le Monde, Radio France e o canal de TV F24. No livro “The Disappearing Act” (O Ato do Desaparecimento, em tradução livre), a jornalista sustenta que o avião foi abatido por um caça, um míssil ou uma nova arma a laser que estaria sendo testada naquele momento.
“É um insulto fingir que um Boeing 777 pode desaparecer sem deixar rastros. Isso não é crível”, afirmou Changy em recente entrevista ao site britânico Express.co.uk. A tese da jornalista francesa, no entanto, parece ser apenas mais uma das tantas teorias da conspiração que já surgiram sobre o caso.
Uma outra teoria trabalha com a hipótese de que o piloto cometeu um suicídio-homicídio e derrubou o avião no mar.
Isso explicaria por que o Boeing não emitiu mais sinais detalhados ao radar e não houve mais comunicação com o controle de tráfego aéreo (os equipamentos teriam sido desligados), além de não haver nenhum pedido de socorro. O que não fica claro nessa tese é por que o piloto esperaria mais de sete horas para derrubar o avião.
Outra hipótese é que o avião tenha sido sequestrado e os pilotos forçados a desviarem a rota. O Boeing 777 seria usado para algum tipo de ataque terrorista. Nesse caso, um conflito a bordo pode ter matado os pilotos, e o avião voou no piloto automático até ficar sem combustível.
Uma das teorias da conspiração mais famosas da época foi a de que o avião teria pousado em Diego Garcia, ilha britânica no Índico onde há uma base dos Estados Unidos. O avião e as 239 pessoas a bordo estariam escondidos por lá. Com a difusão dessa teoria, o governo norte-americano teve de se manifestar oficialmente, negando a hipótese.
O fato é que parece cada vez mais improvável que um dia o mundo saiba o que realmente aconteceu. O destino parece ser o mesmo do Boeing 707 da Varig, que sumiu em janeiro de 1979 e até hoje o mistério permanece.