Homem que atacou prefeitura não é o mesmo que rasgou notas do Carnaval
Polícia diz que prendeu Tiago Ciro Tadeu Faria por causa de denúncias espalhadas no Facebook. Não se trata do homem de camisa branca e máscara que depredou a prefeitura; buscas continuam
A Polícia Civil de São Paulo deteve um suspeito de ser o rapaz que aparece depredando o prédio da Prefeitura de São Paulo, e incentivando outras pessoas a fazer o mesmo, durante o protesto contra o aumento das tarifas de transporte público na capital paulista nesta terça-feira (18). A atitude do rapaz foi o estopim para uma série de depredações e saques no centro de São Paulo. Um carro da Rede Record foi incendiado no tumulto. Entretanto, o homem detido foi liberado por falta de provas.
Segundo o delegado Osvaldo Nico Gonçalves, divisionário do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade), mensagens de internautas no Facebook informavam que o homem flagrado destruindo os vidros do prédio da Prefeitura na manifestação contra o aumento da tarifa do transporte público seria o autônomo Tiago Ciro Tadeu Faria – o mesmo que, em 2012, rasgou votos na apuração do desfile das escolas de samba do carnaval de São Paulo.
Tiago foi preso nesta quarta-feira, 19, e prestou depoimento no 3º Distrito Policial, na Santa Ifigênia, e foi liberado porque não é o homem de máscara de gás e camiseta branca que depredava a Prefeitura. “Minha equipe foi prendê-lo como suspeito porque estavam postando mensagens no Facebook de que ele seria o vândalo, mas vimos que não é”, disse o delegado.
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública do Estado de SP (SSP), o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) ainda analisa imagens de câmeras de TV para tentar identificar esse rapaz que aparece nas imagens de TV e outros que depredaram a Prefeitura durante a sexta manifestação contrária ao aumento do preço das tarifas.
Os atos de vandalismo aconteceram depois que a maior parte dos manifestantes deixaram a Prefeitura e pacificamente foram até a Av.Paulista. Alguns manifestantes tentavam evitar que atos de vandalismo fossem cometidos, inclusive tentando proteger o prédio da Prefeitura com um cordão humano, mas não conseguiram deter aquelas pessoas que estavam dispostas ao tumulto. Por sua vez, a PM demorou para reprimir a ação dos vândalos. A Força Táctica só reprimiu os atos de vandalismo após três horas que as primeiras pedras foram lançadas contra a fachada da Prefeitura.
SpressoSP. Edição: Pragmatismo Politico