Redação Pragmatismo
América Latina 14/Mar/2021 às 09:32 COMENTÁRIOS
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Encontrada no box da cama, ex-presidente boliviana celebrou prisão de Lula

Publicado em 14 Mar, 2021 às 09h32

Representante da extrema-direita boliviana, Jeanine Añez ficou conhecida pelo seu comportamento agressivo contra adversários esquerdistas e pela sua suposta bravura. Neste fim de semana, ela se escondeu no box da cama para não ser presa, em uma cena patética que rodou o mundo

Jeanine Áñez
Jeanine Áñez

com informações de Opera Mundi

A ex-presidente autoproclamada da Bolívia Jeanine Áñez foi presa na madrugada deste sábado (13/03) por seu envolvimento no golpe de Estado que forçou a renúncia do ex-mandatário Evo Morales, em novembro de 2019.

Áñez é acusada pelos crimes de terrorismo, conspiração e sedição devido aos eventos que levaram à saída de Evo. A ex-senadora de direita se autoproclamou presidente após o golpe, ordenou a repressão contra movimentos sociais e tentou adiar as eleições presidenciais em três ocasiões.

A informação foi divulgada pelo ministro do Interior, Eduardo del Castillo. “Informo ao povo boliviano que a senhora Jeanine Áñez já foi presa e, nesse momento, se encontra nas mãos da polícia”, disse.

Na manhã deste sábado, as autoridades bolivianas confirmaram que a ex-presidente foi levada de Trinidad, cidade onde reside e onde foi detida, para a capital La Paz em um avião da Força Aérea.

O pedido de prisão de Áñez havia sido emitido nesta sexta-feira (12/03), quando o MP entendeu que havia risco de “fuga ou obstrução”.

Escondida no box da cama

Representante da extrema-direita boliviana, Jeanine Añez ficou conhecida durante a gestão golpista pela brutalidade e por seu comportamento agressivo contra adversários de esquerda.

No poder, Jeanine Añez fazia discursos ameaçadores e estimulava seus apoiadores a tratar a oposição com violência. No entanto, as imagens da prisão da ex-presidente boliviana mostraram que toda aquela coragem era da boca para fora.

Jeanine foi encontrada pela polícia escondida no box de sua cama. Acuada e com cara de assustada, a cena patética da prisão da mulher que se autopromovia como uma figura brava e corajosa ganhou o mundo.

Tipos como Jeanine Añez já foram muito bem descritos pelo saudoso Bezerra da Silva: “Você com revólver na mão é um bicho feroz. Sem ele, anda rebolando e até muda de voz”.

Golpe na Bolívia

Em novembro de 2019, mobilizações golpistas de extrema direita forçaram a renúncia do então presidente Evo Morales. O ex-mandatário teve que deixar o país e se asilou no México, depois na Argentina.

Durante o governo de Jeanine Áñez, foram registradas prisões arbitrárias de pelo menos 1.534 pessoas. Além disso, movimentos contra o governo golpista foram alvo de forte repressão policial que, muitas vezes, resultou em massacres, como os que ocorreram nas regiões de Senkata e Sacaba.

Quando o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva foi preso, Jeanine celebrou nas redes sociais:

Jeanine Áñez
Jeanine Áñez

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