Redação Pragmatismo
Notícias 25/Mai/2021 às 19:49 COMENTÁRIOS
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Bolsonarista Oswaldo Eustáquio diz que foi torturado na prisão: “Dor descomunal”

Publicado em 25 Mai, 2021 às 19h49

Defensor de uma intervenção militar no Brasil, blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio recorre à Ouvidoria de Direitos Humanos e relata ter passado por momentos terríveis na prisão

O blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio
O blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio

O blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio afirmou, em depoimento ao Ministério Público do Distrito Federal, que foi vítima de tortura dentro do Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. A informação e o vídeo com as declarações foram divulgadas pelo site Metrópoles.

De acordo com a publicação, Eustáquio disse ter sido espancado por policiais penais no dia 18 de dezembro, data em que foi detido após decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes.

“Um deles me deu uma chave de braço, pegando pela mão, torcendo, colocou para cá. E o outro pegou pra cá. Começou dois policiais a torcerem minha mão. Um terceiro veio e começou a me enforcar, não com o braço, mas com a tonfa. Eu não sabia onde sentir a dor e eu perdi o ar.”

Ao lado de Sara Winter, Eustáquio fazia parte de um grupo extremista que defendia a intervenção militar no Brasil e estimulava agressões contra parlamentares e integrantes do STF.

VEJA TAMBÉM: Oswaldo Eustáquio estaria correndo risco de ficar paraplégico

Ainda em sua denúncia, Eustáquio disse ter discutido com um agente penal depois que ele o chamou de “animal” por não ter comido o jantar. Com isso, teria sido informado que seria castigado e toda a ala em que estava ficaria sem acesso ao banho de sol.

“E é uma dor que eu não consigo expressar porque vai misturando as dores, é uma coisa descomunal. Eu tava sem camiseta, todo machucado, com muitas marcas no corpo. Uma delas eu carrego até hoje porque não sei se o meu osso ou alguma coisa saiu do lugar.”

O extremista disse que não passou por exame de corpo de delito, o que evidenciaria as agressões que teria sofrido. O depoimento dado ao Ministério Público ocorreu após denúncia recebida pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos. Atualmente, Eustáquio cumpre pena em regime domiciliar.

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