Protestos contra Bolsonaro lotam as ruas e preocupam o governo
Protestos contra Jair Bolsonaro foram registrados em 23 estados e no Distrito Federal. Adesão popular surpreendeu apoiadores do governo. Desde o início da pandemia, é a primeira vez que a oposição ao atual presidente ocupa as ruas do País
Mais de 200 cidades registraram protestos contra o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste sábado (29/05). A maior manifestação aconteceu em São Paulo, na Avenida Paulista.
Cerca de 80 mil pessoas participaram do ato em São Paulo e sete quarteirões foram tomados por manifestantes. “Chegou a hora de dar um basta e tirarmos o Bolsonaro do governo. Não vamos mais esperar até 2022, enquanto o nosso povo morre. Chegou a hora de semear um projeto de esperança e hoje é só o começo. Viemos às ruas com responsabilidade e sem medo de lutar”, afirmou Guilherme Boulos.
A mobilização de hoje foi inspirada na luta dos povos do Chile, da Colômbia e Argentina, que foram às ruas durante a pandemia para reivindicar pautas sociais.
“Não queria estar na rua durante a pandemia, mas Bolsonaro não deu outra alternativa. Estamos aqui para defender vidas e derrubar esse verme na presidência da República. Não dá mais para ver o povo morrer de vírus ou de fome”, acrescentou Boulos.
De acordo com interlocutores do Palácio do Planalto, a adesão popular aos atos deste sábado foi maior do que o governo previa e deve ligar um sinal de alerta no presidente Jair Bolsonaro. Ao longo do dia, integrantes e apoiadores do governo tentaram minimizar as manifestações e chegaram a divulgar imagens falsas dos protestos.
Confira imagens e vídeos deste 29/05:
1. Hoje, estamos movidos pelos mesmos sentimentos: de solidariedade ao nosso povo que está morrendo aos milhares pela insanidade de um governo incapaz. Segue o fio 👉
— Luiza Erundina (@luizaerundina) May 29, 2021
4. Neste sábado, em São Paulo, e em todo o país, multidões de cidadãos e cidadãs, nascidos ou adotados pelo Brasil clamam: que venha emprego, saúde, educação, segurança, direitos humanos, enfim… Que se respeite o direito à vida e à dignidade de todas e todos.
— Luiza Erundina (@luizaerundina) May 29, 2021