Mensagens mostram que Eduardo Bolsonaro ajudou investigado do STF a fugir do Brasil
Investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pelo Ministério Público contou com a ajuda de Eduardo Bolsonaro para fugir do Brasil, revelam mensagens
Mariana Costa, Metrópoles
Mensagens interceptadas pela Polícia Federal revelam que Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), deputado federal e filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), teria oferecido ajuda ao blogueiro Allan dos Santos para sair do país. O dono do site Terça Livre é investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pelo Ministério Público e pela CPI da Covid-19. As informações são da Folha de S.Paulo.
O blogueiro é um dos investigados em dois inquéritos do STF: o das fake news e o dos atos antidemocráticos, ambos comandados pelo ministro Alexandre de Moraes. Allan deixou o Brasil rumo aos Estados Unidos cerca de um mês após ter as conversas com Eduardo Bolsonaro.
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Em diálogos entre o parlamentar e o blogueiro, em junho de 2020, Eduardo pergunta como está a situação dos passaportes de Allan e da família, que responde que apenas um passaporte estaria regularizado. Posteriormente, o deputado pede a Allan o número dos protocolos de atendimento da PF, sobre a regularização dos passaportes.
Veja a conversa entre Allan e Eduardo, do dia 16 de junho de 2020:
Eduardo: “Allan. Me passa o passaporte, seus filhos, seu, sua esposa. O que você precisa?”
Allan: “Ok. Passaporte: só eu tenho. E minha esposa: passaporte expirado. Trump está ligando para seu pai às 17h”
Eduardo: “Preciso do nº do protocolo desses atendimentos p passaporte. E para qnd está agendado a retirada do passaporte ou a ida para tirar a foto, enfim, uma ida à PF”
Allan: “Fala, Duda. Alguma novidade da PF?”, questionou o blogueiro depois de algum tempo sem resposta do parlamentar, que também é policial federal.
Canais encerrados
O YouTube já encerrou cerca de três canais criados pelo blogueiro por violarem as diretrizes da rede social. Tanto o presidente Jair Bolsonaro quanto aliados criticam a possibilidade de as redes sociais cercearem conteúdos que julguem impróprios.
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A reportagem da Folha entrou em contato com a Polícia Federal, com o deputado federal e com a Secretaria de Comunicação da Presidência sobre o teor da conversa, mas não obteve retorno.