Crime organizado exige que postos diminuam preço da gasolina em Manaus
Comando Vermelho ameaça colocar fogo em postos de combustíveis e caminhões e colocar “a rua abaixo” caso a exigência não seja atendida. Eles reiteraram que estão 'do lado da população'
Uma mensagem atribuída à facção criminosa Comando Vermelho (CV), que circula nas redes sociais, dá um prazo de uma semana para que os postos de gasolina de Manaus (AM) baixem o valor cobrado pelo litro da gasolina, diesel e álcool.
Na capital amazonense, o preço dos combustíveis subiu nesta terça-feira (26) e revoltou os moradores. A gasolina chegou a R$ 6,59 em Manaus, enquanto em alguns municípios já superou a marca dos R$ 7.
Nesta semana, a Petrobras anunciou um reajuste de 7% no valor da gasolina vendida para as distribuidoras . Com isso, o preço médio da gasolina A passou de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro. A medida já está valendo desde quarta e deve trazer impactos para os consumidores finais. O combustível já acumula uma alta de 73% no ano .
Na mensagem, os integrantes do CV ameaçam colocar fogo em postos de combustíveis e caminhões e colocar “a rua abaixo” caso a exigência não seja atendida. Eles reiteraram que estão do lado da população.
“O Comando pede para os safados dos cartéis de postos baixarem o preço da gasolina. Estamos dando o prazo de uma semana, estamos do lado dos nossos irmãos que estão sendo prejudicados. Se não [cumprirem], vamos botar o trem na rua e colocar fogo em postos de gasolina e caminhões”, ameaça a facção.
A facção, que nasceu no Rio de Janeiro, mas tem presença em outros estados, tomou o controle da maioria das comunidades de Manaus em 2020, tirando a hegemonia da Família do Norte, facção rival no Amazonas.
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Em junho deste ano, depois da morte do traficante Erick Batista Costa, o Dadinho, em uma troca de tiros com a polícia, o CV realizou diversos atentados a patrimônios públicos e agências bancárias de Manaus, que duraram mais de 30 horas. Os ataques foram cometidos na madrugada do dia 7, domingo.
A atual ameaça aos postos de gasolina acende um alerta de que novos ataques como os ocorridos em junho voltem a assombrar a capital.
Com Agências