Redação Pragmatismo
Direita 25/Jan/2022 às 16:01 COMENTÁRIOS
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Músico de banda neonazista que chamava vacinas de "complô marxista" morre de Covid

Publicado em 25 Jan, 2022 às 16h01

Ativista de extrema-direita e guitarrista de banda neonazista foi cremado sem a presença de nenhum familiar ou amigo. Ele compartilhava nas redes conteúdo negacionista e afirmava que vacinas eram um “complô marxista”

Big Merv Shields
Big Merv Shields

Um dos ativistas da extrema direita mais conhecidos da Irlanda, “Big Merv” Shields morreu na noite de Réveillon, vítima de complicações da Covid-19.

O guitarrista da banda neonazista Screwdriver foi cremado na última quarta-feira (19/1), em Belfast, sem a presença de nenhum familiar ou amigo. Ele costumava dizer que a doença e as vacinas que surgiram para enfrentá-la na verdade eram um “complô judaico-marxista”.

O músico, que estava com quase 50 anos, sofria de problemas de saúde e viveu recluso durante a pandemia. Apesar disso, continuava compartilhando mensagens de ódio em suas redes sociais.

De acordo com o site Sunday World, a última foto publicada por ele trazia os dizeres “mate um comunista para a mamãe”. Screwdriver gravou três álbuns e é conhecida por letras racistas e que exaltam o “poder branco”.

Mensagens de condolências de neonazistas em toda a Europa inundaram as mídias sociais após a notícia da morte de Shields.

Vacinas

Uma nova pesquisa do Instituto La Jolla de Imunologia, dos Estados Unidos, publicada no último domingo (23/1), indica que quatro das vacinas criadas para combater o coronavírus (SARS-CoV-2), estimulam o corpo a produzir células T eficazes e duradouras contra a doença. Os pesquisadores indicam também que essas células podem reconhecer variantes como a delta e ômicron.

A pesquisa foi publicada na revista científica Cell e menciona as vacinas da Pfizer-BioNTech, da Moderna, a J&J/Janssen e a Novavax. Os dados foram analisados a partir de adultos vacinados contra a doença, mas que ainda não haviam recebido doses de reforço da vacina.

“A maioria dos anticorpos neutralizantes, ou seja, os anticorpos que funcionam bem contra a covid, se liga a uma região chamada domínio de ligação ao receptor ou RBD”, explicou Camila Coelho, uma das autoras da pesquisa. “Nosso estudo revelou que as 15 mutações presentes na variante ômicron RBD podem reduzir consideravelmente a capacidade de ligação das células B de memória, em comparação com outras variantes do SARS-CoV-2, como Alpha, Beta e Delta”, disse.

Segundo os pesquisadores, a boa notícia é que os anticorpos neutralizantes e células B de memória são apenas dois caminhos da resposta imune adaptativa do corpo. As células T não previnem a infecção com a doença, mas patrulham o corpo e destroem as células que já estão infectadas, o que impede que um vírus se multiplique e cause doenças graves.

Os pesquisadores acreditam que essa “segunda linha de defesa” das células T é um dos motivos que podem explicar o porquê da infecção com a variante ômicron ser menos propensa a levar a doenças graves em pessoas já vacinadas.

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