Jovem estuprada pelo sogro é resgatada de cárcere privado no RJ
“Foi muita crueldade o que fizeram comigo, não consigo mais dormir”. Jovem estuprada pelo sogro era mantida em cárcere privado e torturada. A sogra também participava dos abusos. “Ela está desfigurada”, desabafa mãe da vítima
Uma jovem de 22 anos foi resgatada pela Polícia Militar no último domingo (27), após ser mantida em cárcere privado na casa dos sogros, em Niterói. A vítima era estuprada pelo sogro e a sogra era cúmplice dos abusos.
Agentes foram procurados pela mãe da vítima no último domingo. Ela pediu que eles a acompanhassem até a residência dos suspeitos, após um amigo da filha alertar sobre o que estava acontecendo.
Na residência localizada no Condomínio Via Mar os policiais encontraram a vítima bastante ferida, com hematomas pelo corpo. Ela contou que vinha sendo constantemente torturada nos últimos dias, era impedida de deixar a residência e obrigada pela sogra a ter relações sexuais com o sogro.
“Foi muita crueldade o que fizeram comigo. O tempo inteiro eu fico pensando em tudo o que aconteceu. Não consigo dormir, passo as noites em claro. Agora, só quero que eles paguem”, disse a vítima.
ENTENDA O CASO
A jovem tinha se mudado para a casa dos sogros há poucos dias. Isso porque a residência está mais próxima da cadeia onde seu namorado está preso.
Desde o início, ela passou a ser agredida pelo casal, que tomou seu celular e a obrigava a realizar postagens nas redes sociais afirmando que estava bem. “No decorrer do tempo, ela foi sumindo. Eu não conseguia mais falar com a minha filha”, disse a mãe da vítima.
A mulher relatou que, além dos estupros, a filha era agredida constantemente e obrigada a limpar a casa. “Minha filha acordava à base de puxão de cabelo e soco na cara. Ela está desfigurada. Ela ia matar minha filha. Ainda tenho medo de ela fazer isso.”
A ação da polícia só foi possível após um momento de distração do casal. A jovem conseguiu retomar a posse do celular e mandou mensagem para um amigo, pedindo que ele alertasse a mãe sobre o que estava acontecendo.
“Fui à delegacia de Vicente de Carvalho, mas lá disseram que não tinha equipe para ir até a casa onde minha filha estava. Acabei indo para Niterói e achando esses policiais, que se revoltaram quando contei o que estava acontecendo e me acompanharam. Sou muito grata a eles”, disse a mulher.