"Agora acham que todo mundo na minha escola bate em criança", lamenta diretora
"Ela [professora] demonstrava ser uma pessoa tranquila, religiosa, de boa família, de boa índole [...] mandei embora assim que vi as imagens", garante diretora. A funcionária foi flagrada agredindo bebê de 1 ano e 10 meses
A diretora da Escola Paris, onde uma bebê de 1 ano e 10 meses foi agredida, em praia Grande, no litoral de São Paulo, disse que a professora foi chamada para ver as imagens e alegou que estava “brincando com a criança”.
Após a gravação viralizar, a escola particular, localizada no bairro Boqueirão, demitiu a funcionária por justa causa. Em entrevista ao G1, a diretora afirmou que ela não tentou se defender em momento algum:
“Logo no começo, quando comecei a mostrar as imagens, ela falou “eu estava brincando”, mas depois quando começou a ver as imagens, abaixou a cabeça e disse duas vezes “não sei’”, relatou ao site.
VÍDEO: Professora é flagrada agredindo bebê de 1 ano em SP
No dia seguinte ao caso, a diretora conta que marcou uma reunião com a mãe da criança e ela não quis manter a filha na escola.
Após a repercussão do caso, a diretora afirmou que o caso está prejudicando bastante a imagem da instituição e que a ex-funcionária “deu uma pisada de bola”.
“A escola é uma vida, ali tenho 30 ou mais funcionários que dependem do trabalho. Imagina como está a cabeça de todo mundo? É uma coisa bem difícil ter que passar por essa situação, porque uma funcionária deu essa pisada na bola. E foi uma tremenda pisada na bola. Agora, todo mundo tem que pagar por isso”, desabafa a diretora.
A diretora conta que orientou as funcionárias, por algum tempo, a evitarem usar o uniforme da escola. “É capaz delas serem atacadas na rua. As pessoas não sabem separar, só sabem julgar. Na cabeça delas, na escola que tem 23 anos, que tem um nome, todo mundo ali bate em criança e é malvado”, afirma.
Ainda assim, segundo ela, a instituição está recebendo apoio de muitos pais e ex-alunos, que estão dispostos a prestar depoimentos em favor da escola.
Agressões
A mãe da bebê foi quem denunciou as agressões. Ela percebeu marcas vermelhas no rosto da bebê quando foi buscá-la na escola, no dia 15 de março. Ela mesma pediu para ver as imagens das câmeras de segurança.
O vídeo flagrou o momento exato em que a professora puxa o cabelo da menina, empurra e segura a cabeça bruscamente.
A funcionária demitida foi estagiária da escola Paris em 2020 e durante a pandemia, ficou afastada devido às aulas online.
“Em 2021, ela estava formada, entregou o currículo e a gente acabou contratando. O que a gente conheceu dela como estagiária foi uma pessoa tranquila, de boa família, que cuida da mãe que é uma pessoa doente, uma pessoa religiosa e de boa índole”, disse a diretora.