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Mulheres violadas 18/Mai/2022 às 15:34 COMENTÁRIOS
Mulheres violadas

Marido diz que é dono da arma usada na morte de juíza: "Ela teve momento de fraqueza"

Publicado em 18 Mai, 2022 às 15h34

Marido da juíza Mônica de Oliveira, encontrada morta em carro, diz que ela teve um 'momento de fraqueza'. João Augusto Figueiredo também é juiz e admitiu que teve uma discussão com a mulher momentos antes da morte. Polícia investiga por que o homem levou o corpo para a delegacia ao invés de chamar a polícia, alterando a cena de um possível crime

Mônica de Oliveira
Mônica de Oliveira

A Polícia Civil investiga a morte da juíza Mônica de Oliveira, encontrada morta nesta terça-feira (17) dentro de um automóvel em Belém do Pará. A magistrada estava ferida com um tiro de arma de fogo e os investigadores afirmam que nenhuma hipótese foi descartada.

João Augusto Figueiredo de Oliveira Júnior, marido da vítima, sugeriu em depoimento que a mulher tenha cometido suicídio no que definiu ter sido um ‘momento de fraqueza’.

“Em algum momento de fraqueza ou coisa parecida, nessa noite, onze e meia da noite, ela já saiu de casa com as malas como se fosse já para o aeroporto viajar”, disse João Augusto.

“Para minha surpresa, às seis e quarenta da manhã, quando eu desci, ela simplesmente estava no carro e tinha disparado o tiro nela mesma”, conta.

Segundo o juiz, há câmeras de segurança no prédio que podem confirmar a versão apresentada por ele e que já estão em posse da polícia, mas como a investigação ocorre sob sigilo de justiça, as imagens não podem ser divulgadas.

“Essa situação, ela está confirmada pela pelas câmeras de vídeo do prédio, mas como o inquérito está em sigilo, por enquanto não se pode ter essa visão geral sobre o procedimento”, diz.

João Augusto dá detalhes do que fez após encontrar a esposa morta no carro e por quais processos o corpo da vítima passou na delegacia.

“Eu me encaminhei com ela no carro, porque ela estava no carro, no lugar do passageiro, para a Divisão de Homicídios. Fui atendido pelo delegado e lá foi feito todo procedimento possível e imaginário: coleta de resto de combustão e exame de corpo de delito. Tudo que foi possível e imaginário, e o que possa ter sido feito está sendo feito”, relata o juiz, que classificou a morte da esposa como “um lamentável incidente”.

Discussão antes da morte

De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO) registrado por José Augusto, por volta das 22h30 da segunda-feira (16), ele e Mônica tiveram uma discussão no apartamento momentos antes da juíza descer. Consta no BO que o juiz contou que “teve uma pequena discussão acerca do relacionamento”.

Ainda em depoimento à polícia, ele disse que “ao se aproximar do carro, percebeu que sua esposa tinha cometido suicídio e, para isso, usou a arma de fogo” dele, que “sempre fica guardada dentro do carro”.

Mônica de Oliveira

Mônica Maria Andrade Figueiredo de Oliveira era natural de Barra de Santana, na Paraíba, e era prima da vereadora Ivonete Ludgério (PSD), de Campina Grande. A vereadora lamentou o ocorrido em uma rede social. “Ainda sem acreditar! Minha comadre, prima e grande amiga se foi. Não esquecerei jamais de ti”, escreveu.

Segundo o marido, os dois possuíam residência em Campina Grande (PB) e em Belém, e se dividiam entre as duas cidades. “Nós moramos aqui e em Campina Grande. Ela vem para cá, eu vou para lá, e assim sucessivamente. Nesse momento ela estava aqui”, contou.

Mônica de Oliveira e João Augusto Figueiredo estavam casados havia dois anos. A juíza deixa dois filhos do primeiro casamento.

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