Lutador do UFC é acusado de dar cotovelada em enfermeira após tentar forjar vacinação
Astro do MMA é conduzido à delegacia em BH após denúncia de agressão contra enfermeira. As profissionais de saúde relataram que na hora de receber a vacina contra a Covid, o lutador rejeitou a aplicação e queria sair do local com o cartão carimbado, como se estivesse vacinado. Paulo Costa é fã declarado de Bolsonaro e diz que, se não fosse pelo atual mandatário, o Brasil já teria 'virado uma Venezuela'
O astro do MMA Paulo Borrachinha foi encaminhado para uma delegacia de Contagem (MG) nesta segunda-feira (30) suspeito de ter agredido uma enfermeira por causa de um cartão de vacinação contra a covid-19. A informação é da rádio Itatiaia. Ele e enfermeira foram ouvidos pela polícia e liberados na sequência.
Segundo a rádio, Borrachinha falou que queria receber a vacina. Na sequência, não aceitou se vacinar, mas ainda assim queria o cartão de vacinação carimbado, o que foi negado pela equipe de enfermagem. O lutador tentou pegar o documento à força, uma confusão começou, e Borrachinha acertou uma enfermeira com uma cotovelada, de acordo com a Itatiaia.
“A gente estava lá trabalhando, ele chegou para tomar a vacina, não tomou, ficou rondando, rondando e depois falou que tinha tomado a vacina. Só que ele não tomou hora nenhuma. Aí ele foi saindo e no que ele viu que eu estava atrás dele, ele deu uma cotovelada que pegou na minha boca”, disse a enfermeira à rádio.
Em nota enviada pela PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais), a profissional, após prestar depoimento, manifestou o interesse em representar criminalmente em desfavor do lutador e foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), em que as partes assumiram o compromisso de comparecer em audiência perante o Juizado Especial Criminal do município.
O atleta do UFC é apoiador declarado do presidente Jair Bolsonaro (PL), que fez ataques às vacinas durante a pandemia e não revelou se tomou o imunizante contra a covid-19. “Depois de tudo que o Jair Bolsonaro fez desde que assumiu a presidência, eu estou ainda mais convicto que fiz a opção certa. Graças a Deus Jair Bolsonaro está no poder durante essa pandemia. Se fosse qualquer outro no lugar dele, nosso país já teria virado uma Argentina ou uma Venezuela”, disse o lutador.
Lutador se manifesta
O lutador se defendeu. “Ele [Paulo Borrachinha] afirmou que tomou a vacina, mas as enfermeiras não deixaram ele sair com o cartão. Ele disse que gerou um estresse, ele pegou o cartão e saiu. Nesse momento, uma enfermeira o segurou pelo braço e ele se desvencilhou. Ele não fala de cotovelada”, detalhou o guarda que atendeu a ocorrência.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que a mulher manifestou interesse em representar criminalmente em desfavor do lutador e foi lavrado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), em que as partes assumiram o compromisso de comparecer em audiência perante o Juizado Especial Criminal do município.
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