Redação Pragmatismo
Economia 17/Jun/2022 às 15:59 COMENTÁRIOS
Economia

Lula e Ciro criticam Bolsonaro após novo aumento de combustíveis: "Temos um presidente banana"

Publicado em 17 Jun, 2022 às 15h59

“Faz teatrinho de xingamentos, mas não tem coragem de mudar a política de preços”. Lula avalia que Bolsonaro “perdeu o controle da Petrobras” após empresa anunciar novo aumento de combustíveis, enquanto Ciro chamou o presidente de frouxo: “A mentira de Bolsonaro foi desmascarada: ICMS não aumenta preços dos combustíveis”

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O ex-presidente Lula criticou nesta sexta-feira (17) não apenas o novo reajuste do preço dos combustíveis anunciado pela Petrobras, mas também a falta de uma resposta eficaz do governo para deter os sucessivos aumentos. Na avaliação de Lula, o presidente Jair Bolsonaro perdeu o controle da estatal, e o teto do ICMS sobre combustíveis não vai surtir efeito.

A principal crítica do ex-presidente diz respeito à dificuldade de Bolsonaro em conseguir revogar a Paridade de Preço Internacional (PPI) do barril de petróleo, apontada por ele como principal responsável pelos aumentos dos combustíveis. “O presidente da república diz que não consegue mudar. Que tipo de presidente é esse? O cara já não consegue controlar o Orçamento da União porque criaram o orçamento secreto, não consegue mexer no preço da eletricidade, do gás de cozinha, do óleo diesel porque diz que a Petrobras é quem manda”, apontou.

De acordo com Lula, a dificuldade de Bolsonaro em lidar com os preços dos combustíveis é sintoma de um problema de perda da soberania nacional. “Sabem quantas empresas tem hoje importando gasolina? Temos 392 empresas importando gasolina dos Estados Unidos, a preço internacional. Ora, por que eu tenho que impor o preço internacional em uma coisa nacional? Por que eu tenho que impor o preço internacional a um produto extraído com o salário do trabalhador nacional? Sabem o que significa? Perda de soberania. Significa que o país está perdendo o direito de decidir as suas coisas”, declarou.

O candidato ainda comentou sobre o Projeto de Lei Complementar 18/2022, aprovado no Congresso Nacional, que limita a incidência do ICMS sobre combustíveis. “Agora o cara inventou que a solução do mundo é reduzir o ICMS. Eu vou contar uma coisa para vocês: ele vai reduzir o ICMS, e tudo que ele vai fazer é prejudicar os estados, porque vai faltar dinheiro para educação, vai faltar dinheiro para a saúde; e o preço da gasolina, que ele disse que vai abaixar, a Petrobras já aumentou hoje”, disse.

O teto do ICMS foi aprovado no Congresso na última quarta-feira (15), e era defendido pelo governo como a principal medida em curto prazo para deter o avanço do preço dos combustíveis. Ainda antes da sanção presidencial, a Petrobras anunciou o novo aumento nos preços da gasolina e do diesel, os dois produtos de maior preocupação dos defensores do projeto.

“Frouxo”

O pré-candidato do PDT à Presidência da República, o ex-ministro Ciro Gomes, chamou o presidente Jair Bolsonaro (PL) de “banana” ao criticar o novo aumento de preços dos combustíveis anunciado pela Petrobras.

“Absurdo e escárnio: a Petrobras volta a aumentar os combustíveis. Temos uma empresa pública imperial e insensível ao sofrimento do povo. E um presidente banana que não se impõe”, disse por meio de sua conta no Twitter.

O pré-candidato também chamou de estratégia eleitoreira a recente batalha do governo em aprovar, no Congresso, o teto do ICMS para combustíveis na tentativa de segurar os preços. “A mentira de Bolsonaro foi desmascarada: ICMS não aumenta preços dos combustíveis. Sua frouxidão também: se esconde, tremendo, atrás de Lira para tentar resolver a crise da Petrobras. Fora, seu frouxo!”.

Ciro Gomes também acusou o presidente de não ter coragem de mudar a política de preços da Petrobras e disse que Bolsonaro faz “teatrinho de briga e xingamentos” – Bolsonaro chegou a propor, nesta sexta-feira (17) uma CPI para investigar a condução da companhia e o seus consecutivos aumentos de preços.

“O desespero é total porque eles sabem que um simples reajuste decretado pela empresa derruba os supostos efeitos positivos da redução do ICMS […] Ou seja: a população será duplamente punida porque terá menos verba para educação e saúde junto com preços altos de gasolina, diesel e gás. Tempestade perfeita”, completou.

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