Haddad pode vencer a eleição no primeiro turno, mostra pesquisa Genial/Quaest
Sem Márcio França, Haddad lidera isolado em São Paulo, enquanto Garcia sobe e empata com o bolsonarista Tarcísio. Na disputa pelo Senado, desistência de Datena abriu caminho para a vitória de França
Pesquisa Genial/Quaest em São Paulo divulgada na manhã desta quinta-feira (7) mostra o ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) na liderança pela disputa ao governo paulista. Em dois dos cenários analisados, sem Márcio França (PSB), Haddad tem mais intenções de voto que seus adversários somados, configurando vitória no primeiro turno.
Em um dos cenários, Haddad cresce para 35%, com o ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos) chegando a 15%, em situação de empate técnico com o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), que tem 14%. Felicio Ramuth (PSD) e Vinicius Poit (Novo) têm 2% cada um. Brancos e nulos são 24%, enquanto 12% não souberam ou não quiseram opinar. Somados, os adversários do petista chegam a 30%.
Em outro cenário, sem Felicio Ramuth (seu partido, o PSD, definiu apoio a Tarcísio) e Vinicius Poit, Haddad chega a 38%, contra 15% de Tarcísio de Freitas e 14% de Rodrigo Garcia (PSDB). No cenário com França, o ex-ministro da Educação também lidera, com 29%, ante 18% do ex-governador paulista. Tarcísio tem 12% neste cenário, com Garcia alcançando 8%.
Pesquisa anterior
O último levantamento realizado pela Quaest sobre a disputa pelo governo paulista, divulgada em 12 de maio, assinalava um crescimento de seis pontos de Haddad em dois meses, alcançando à época 30%, contra 17% de Márcio França. Tarcísio de Freitas tinha 10% da preferência do eleitorado e o atual governador Rodrigo Garcia, aparecia com 5% das intenções de voto.
Senado e Presidência
A pesquisa Genial/Quaest também sondou os entrevistados sobre a preferência para o Senado. A primeira pesquisa sem o apresentador José Luiz Datena (PSC), que desistiu na semana passada de concorrer, mostra o ex-governador Márcio França na liderança, com 27% das intenções de voto.
França tem 14 pontos percentuais de vantagem sobre o segundo lugar, ocupado pelo ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiesp) Paulo Skaf (Republicanos), que tem 13% dos votos. Em seguida, está a deputada federal Carla Zambelli (PL), com 9%, e a deputada estadual Janaína Paschoal (PRTB), com 7%. A pesquisa para o Senado também aponta Milton Leite (União Brasil) e Aldo Rebelo (PDT) com 5% e 3% das intenções de voto, respectivamente. Brancos e nulos somam 20%. E os que se disseram indecisos chegam a 9%.
Para a Presidência em São Paulo, quem lidera é ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 37% dos votos. Lula é seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que alcançou 32% dos votos. O resultado indica que a vantagem do ex-presidente sobre o atual diminuiu em relação à pesquisa anterior, publicada em maio. Na ocasião, o petista tinha 39% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro pontuava 28%. Um avanço de quatro pontos percentuais para o candidato do PL e uma queda de dois pontos para Lula, segundo o novo estudo.
Ciro Gomes (PDT) tem 9% no estado e Simone Tebet (MDB), 3%. Os demais pré-candidatos André Janones (Avante), Vera Lúcia (PSTU), Pablo Marçal (Pros), Luiz Felipe d’Ávila (Novo) e Eymael (Democracia Cristã) registraram 1% na pesquisa. Já Leonardo Péricles (UP), Sofia Manzano (PCB) e Luciano Bivar (União Brasil) não pontuaram. Brancos e nulos somaram 9% e indecisos 5%.
A pesquisa, feita entre os dias 1º e 4, está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob os protocolos BR-03964/2022 e SP-05318/2022. A Quaest realizou 1.640 entrevistas presenciais. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais, para mais ou para menos.
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