Primo mata bebê de 11 meses e atira em mais 4 pessoas da mesma família em MG
Jovem descarregou arma de fogo contra familiares em Brumadinho, na grande BH. Eduardo Jorge atirou contra cinco primos, com idade entre 11 meses e 25 anos. “Já estava tudo pago para fazer a festinha dele [bebê] de um aninho. Foi o último suspiro que ele me deu, me chamou de vovó", desabafa avó
Um homem assassinou o próprio primo, de apenas 11 meses, e baleou outras quatro pessoas da família na noite da última terça-feira (23) em Brumadinho, Minas Gerais. De acordo com informações do boletim de ocorrência, o criminoso foi identificado como Eduardo Jorge Pinto, de 28 anos. Ele confessou ter sido o responsável pelos disparos após ser detido pela polícia.
No início da noite de terça, Eduardo foi à residência dos familiares, no bairro Tijuco. Ele deixou sua moto vermelha, bateu boca com os primos e declarou, em tom ameaçador: “Hoje vocês vão ver quem eu sou!”.
O criminoso deixou o local e voltou armado, momentos depois, disparando contra os cinco primos que estavam no local, com idade entre 11 meses e 25 anos. A primeira vítima foi uma adolescente de 15 anos, que estava na porta da casa.
Eduardo adentrou a residência e seguiu com os tiros. Ele perseguiu dois primos adolescentes, de 14 anos, baleando ambos, antes de acertar também o bebê Enzo Gabriel Ambrósio, que morreu na hora.
Quando deixava o local, o criminoso foi surpreendido por outro primo, de 21 anos, que chegava de carro e tentou atropelar Eduardo. João Victor, porém, também acabou sendo baleado, perdeu o controle do veículo e bateu em um ponto de ônibus.
Eduardo tentou escapar a pé, mas foi localizado e preso pela polícia. A arma que estava com ele também foi apreendida. Em depoimento, o criminoso relatou que é usuário de drogas e teria decidido se vingar de sua família após uma tentativa de interná-lo à força para tratamento do vício.
Os quatro outros primos baleados pelo criminoso foram socorridos, receberam atendimento médico e não correm risco de morte. O caso continua sendo investigado pela Polícia Civil.
“Muito doloroso”
A avó do bebê lamentou a morte da criança. “A mãe dele já estava com as coisas pagas para fazer a festinha dele de um aninho. Foi o último sorriso, suspiro que ele me deu, me chamou de avó. É muito difícil essa dor. Eu quero justiça mesmo. Tirar a vida de uma criança de 11 meses é muito doloroso para uma mãe, para uma avó, para a família. A gente quer justiça”.
Um primo de Eduardo, Marcos Oliveira Pinto, questiona o motivo de ele não ter permanecido preso em outras ocasiões. “Ia preso, soltava, ia preso, soltava. O cara ‘enchia a cara’ de droga, ficava louco, perturbado. Ele foi preso num dia, no outro já estava na rua. Então, não dá para entender o motivo de tanta impunidade, ne? Infelizmente, uma pessoa dessas, o lugar dele é um só: atrás das grades”, desabafou.
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