Mãe admite que envenenou e afogou as próprias filhas em GO
Crime foi cometido na casa da família e os corpos das meninas de 6 e 10 anos foram encontrados pelo pai. Polícia diz que o homem e a mãe das crianças tiveram uma briga um dia antes
Uma mulher de 30 anos confessou ter matado as duas filhas de forma cruel em Edéia, Goiás. Izadora Alves de Faria revelou que envenenou, afogou e depois esfaqueou as crianças.
O crime foi cometido na residência da família, na última terça-feira (27), e os corpos das crianças, de 6 e 10 anos, foram localizados pelo pai. Eles estavam sobre um colchão na garagem de casa.
Izadora foi encontrada horas depois do crime com sinais de tentativa de suicídio. Ferida, ela foi levada a um hospital da cidade, onde está internada sob escolta policial.
A mulher relatou à polícia como cometeu os crimes. Ela deve prestar depoimento nos próximos dias, quando seu estado de saúde permitir. A suspeita não corre risco de morte
“No local do crime haviam elementos que levavam a crer que ela agiu dessa forma. Havia um frasco de veneno para rato aberto e outro fechado, uma caixa d’água cheia com uma extensão [elétrica] ligada dentro, como se pretendesse eletrocutar”, contou o delegado Daniel Moura, responsável pelo caso.
As causas das mortes das crianças ainda serão confirmadas após análise dos corpos pela polícia científica, e a investigação tenta determinar o que levou a mãe a cometer os crimes.
Em depoimento, o pai das garotas contou que havia tido uma briga com a esposa um dia antes do episódio. Nela, Izadora teria ameaçado matar as filhas e tirar a própria vida.
“O pai falou que o relacionamento dos dois estava conturbado e ela precisava fazer tratamento psiquiátrico porque não estava bem”, relatou o delegado.
“A situação chamou a atenção, é um caso muito triste, está tendo uma repercussão muito grande, é uma cidade calma e tranquila. É uma perplexidade a mãe matar duas filhas dessa forma”, acrescentou o delegado.
Fez “bem” às crianças
Izadora prestou depoimento e disse que matou as filhas para ‘protegê-las’. “Na cabeça dela, ela tinha feito um bem para as crianças. Ela acha que livrou as meninas de viver uma vida que ela viveu”, disse o delegado.
“Ela confessou o crime, o modo como ela matou as crianças. Segundo ela, de início, ela tentou dar veneno, mas como ela viu que não iria funcionar, ela levou as crianças para uma caixa d’água, que fica em frente à casa, e tentou eletrocutar as crianças com uma extensão ligada à rede elétrica. Como ela viu que não ia dar certo, ela desligou a extensão e foi lá na caixa d’água e afogou as crianças”, disse o delegado.
“Quando as crianças estavam desacordadas, ela tirou as duas da caixa d’água e as colocou num colchão. Para certificar que tinha matado elas, ela deu um golpe de arma branca”, completou.
A mulher deve responder por homicídio qualificado, com aumento de pena pelo fato de as vítimas serem menores de 14 anos e filhas dela. Se condenada, pode pegar até 100 anos de prisão.