Marcelo Madureira surpreende e declara voto em Lula
Um dos mais ferrenhos críticos de Lula e do PT, Marcelo Madureira surpreende e declara voto em Lula no 2º turno. Ex-casseta votou em Bolsonaro em 2018
Um dos críticos mais ardilosos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) causou surpresa ao declarar voto no ex-presidente neste domingo (9). Ex-integrante do grupo de comédia “Casseta & Planeta”, votou em Jair Bolsonaro (PL) em 2018.
“Sim, já fiz sim críticas ao PT, mas hoje faz-se necessário unir forças para que o governo Bolsonaro não permaneça em 2023. Justamente por isso e por defender a democracia, votarei no Lula neste segundo turno”, escreveu Madureira em seu Twitter.
Nesta segunda-feira (10), o ex-Casseta se reuniu com Lula e tirou uma foto com o ex-presidente. “Frente ampla pela democracia e contra Bolsonaro”, escreveu o petista ao divulgar uma foto com o humorista, que aparece na imagem fazendo o sinal de “L” com a mão.
Madureira integra o ‘Derrubando Muros’, grupo formado por acadêmicos, cientistas, empresários, políticos e ativistas. Em manifesto, o coletivo avalia que há riscos à democracia inerentes à reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL). Entre os membros que assinam o documento estão o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, o ex-ministro da Justiça Nelson Jobim e a cientista política Ilona Szabó.
“O DM considera essencial evitar a reeleição de Bolsonaro, por seu caráter francamente autoritário e avesso ao diálogo com todos os segmentos da sociedade. Por isto, lança neste momento o ‘Manifesto pela Paz e pela Democracia’ com apoio incondicional ao ex-presidente Lula, que considera o único nome possível de opção no segundo turno, neste momento grave de nosso país”, relata o grupo.
De acordo com o Derrubando Muros, o grupo continuará defendendo “Uma Agenda Inadiável” para o Brasil, pois considera ser necessária a adoção pelo próximo presidente de medidas que impulsionem a economia verde, a inovação, saúde, educação, o meio ambientes, empreendedorismo, a indústria e a segurança pública. “Mas isso só é possível com um governo democrático e aberto ao diálogo.”
O grupo avalia que Bolsonaro é “inimigo” da democracia. “Trouxe para a gestão do país a degradação do negacionismo e uma insensibilidade humana em níveis inimagináveis”, informou no documento. “O bolsonarismo tornou o Brasil uma vergonha internacional. Potencializou a perda de centenas de milhares de vidas. Solapou as estruturas públicas da educação, do meio ambiente, da ciência. O Brasil simpático e musical se foi, substituído pela imagem das motociatas agressivas, das matas em chamas e pelos insultos do presidente da República.”