Redação Pragmatismo
Direita 28/Out/2022 às 16:25 COMENTÁRIOS
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Polícia Federal diz que Roberto Jefferson pode ter usado pregos em granada

Publicado em 28 Out, 2022 às 16h25

PF suspeita que amigo de Bolsonaro prendeu pregos em granadas e que arma de Karina no coldre salvou sua vida. Arma que agente federal levava guardada ficou danificada. Polícia tenta ainda saber como Roberto Jefferson teve acesso aos explosivos estando em prisão domiciliar

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Roberto Jefferson é transferido para presídio em Bangu 8

A Polícia Federal (PF) investiga se o presidente de honra do PTB, Roberto Jefferson (RJ) prendeu com fitas adesivas pregos nas granadas que arremessou contra agentes federais que cumpriam uma ordem de prisão contra o ex-deputado federal no domingo (23), em sua casa, em Comendador Levy Gasparian, no Sul Fluminense.

Durante perícia na noite de domingo, peritos da PF encontraram pregos, fita adesiva e resíduos colados nessas fitas no local em que Jefferson disparou 50 tiros de fuzil e três granadas contra o delegado Marcelo Vilela e mais três agentes federais.

Uma granada desse tipo é feita para machucar, causar atordoamento e desorientaria temporária e não ferimentos como constatados no delegado e na agente Karina Lino Miranda de Oliveira. Colocar pregos e pedras colados com fita adesiva em um armamento seria uma forma de torná-lo letal. Se isso for confirmado, é grave, avalia um perito ouvido pelo Uol. Eles ainda possuem fragmentos do explosivo no corpo.

Saiba mais: Jefferson vira “herói” em canais bolsonaristas do Telegram após tentar matar policiais

Exames estão sendo feitos no setor de perícias do Rio de Janeiro. Alguns devem ser complementados no Instituto Nacional de Criminalística (INC), em Brasília.

Tiro de fuzil arrancou ponta da arma que estava no coldre

A PF também descobriu que a pistola da agente Karina — que ficou ferida — foi danificada na ação e estava sem a ponta. Como a arma estava no coldre e a agente não retirou o armamento para fazer qualquer disparo para se proteger, a suspeita é de que um dos disparos do fuzil usado por Roberto Jefferson tenha atingido e arrancado a ponta da arma da policial. Se não fosse a pistola, a perna dela seria atingida, acreditam os investigadores.

Roberto Jefferson é investigado por quatro tentativas de homicídio

Nova perícia apura se mais granadas foram lançadas

Duas perícias foram feitas pela PF até o momento na residência de Roberto Jefferson e no condomínio onde ocorreram as explosões e disparos de fuzil no domingo. Nesta quinta (27), peritos voltaram ao local para nova análise.

A perícia tenta explicar se os pinos e lacres de granada apreendidos compõem as três granadas que o ex-deputado contou ter jogado contra os policiais ou se mais explosivos foram atirados no início daquela tarde.

Como as granadas foram adquiridas?

Em outra linha da investigação, a PF quer saber como Roberto Jefferson conseguiu as granadas que jogou contra os policiais, se ele comprou os explosivos mesmo estando em prisão domiciliar ou se ganhou de presente de algum apoiador.

Jefferson cumpria em sua casa, em Comendador Levy Gasparian, prisão domiciliar. No local, a Polícia Federal apreendeu um fuzil, de calibre 556, uma pistola e 7,7 mil cartuchos de munição dos mais diversos calibres. O Supremo Tribunal Federal, o Exército e a PF tentam entender como esse arsenal foi montado pelo ex-deputado.

Roberto Jefferson está no presídio de Bangu 8, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, desde segunda-feira.

Tiro de fuzil passou perto de agente

A partir da perícia e da investigação, será possível saber o roteiro do que aconteceu naquele dia. Uma das linhas de investigação aponta que após saber da presença dos policiais, Roberto Jefferson iniciou os disparos por volta das 12h.

Um dos tiros passou próximo ao agente Heron Costa de Peixoto que estava falando ao telefone celular. O disparo ficou alojado na parede de outra casa próxima à do ex-deputado.

O policial se protegeu dos tiros quando ouviu um outro agente gritar “policial ferido”. Neste momento, o delegado Marcelo os agentes Karina e Daniel Mendes da Costa estavam abrigados atrás da viatura blindada da PF.

A polícia suspeita que Roberto Jefferson jogava as granadas para forçar que os policiais saíssem de trás do veículo. O ex-deputado contou, em depoimento, que deu 50 tiros contra a viatura da PF. Ou seja, Jefferson gastou um carregador com 30 tiros e trocou por outro antes de parar com os disparos.

Com g1 e Uol

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