Bolsonarista que antecipou ataques em Brasília é presa pela Polícia Federal
Presa hoje em Goiás, Ana Priscila Azevedo prometeu "colapsar o sistema" e anunciou, antecipadamente, o que viria a ocorrer no domingo na Praça dos Três Poderes. Ela ficou acampada no QG bolsonarista em Brasília e chegou a ser detida dentro do Palácio do Planalto no dia dos ataques, mas conseguiu fugir
A Polícia Federal prendeu na noite desta terça-feira (10) Ana Priscila Azevedo, a bolsonarista que participou e articulou os atos invasão de prédio públicos no domingo (8).
Ana Azevedo aparece em vídeo anunciando, antecipadamente, o que viria a ocorrer no domingo na Praça dos Três poderes. “Nós vamos colapsar o sistema, nós vamos sitiar Brasília, nós vamos tomar o poder de assalto, o poder que nos pertence”, disse Ana Priscila Azevedo, numa live realizada em 5 de janeiro, no acampamento bolsonarista montado no entorno do Quartel General do Exército, em Brasília.
“A revolução verde e amarelo já começou. O Brasil vai parar! As refinarias e distribuidoras estão sendo fechadas. Nós vamos sitiar os três Poderes! Nós exigimos intervenção militar! Nós exigimos o código fonte! Nós vamos vomitar essa fraude vermelha na cada de vocês!”, diz Ana.
No domingo, 8, ela aparece em outro vídeo dentro do STF comemorando a depredação do prédio. Ana Azevedo foi detida na cidade de Luziânia, já em Goiás, na região do entorno do Distrito Federal. A ordem de prisão foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Ana Priscila é responsável por um grupo no Telegram com mais de 50 mil membros no qual foram convocados a vinda de manifestantes para Brasília.
A convocação para os atos de 8 de janeiro já tinha um propósito golpista estabelecido: não era um grito isolado. Mensagens de mesmo teor foram reforçadas em centenas de postagens produzidas por manifestantes, que também trataram de destacar o papel de liderança do ex-presidente Jair Bolsonaro sobre a mobilização golpista.
O objetivo final era tirar Lula do poder. Os golpistas imaginavam que, após tomarem os prédios do Planalto, do STF e do Congresso, as Forças Armadas se colocariam a favor deles.