Redação Pragmatismo
Lula 24/Mar/2023 às 08:58 COMENTÁRIOS
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Sergio Moro rebate nova declaração de Lula: "O senhor não tem decência?"

Publicado em 24 Mar, 2023 às 08h58

Sergio Moro finalmente conseguiu o que tanto sonhou: polarizar com Lula. Senador rebateu nova declaração do atual presidente e afirmou que ele tem responsabilidade "se algo acontecer com a minha família"

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quinta-feira, 23, que o plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para sequestrar e assassinar autoridades e políticos, dentre eles o senador Sergio Moro (União-PR), pode ser uma “armação” do ex-juiz.

“É visível que é uma armação do Moro. Mas vou pesquisar e saber da sentença. Fiquei sabendo que a juíza nem estava em atividade quando deu o parecer para ele. (…) Não vou atacar ninguém sem ter provas. Se for mais uma armação, ele vai ficar mais desmascarado ainda. Não sei o que ele vai fazer da vida se continuar mentindo”, disse o presidente da República, em conversa com jornalistas no Rio. “Mas também o Moro não é a minha preocupação”, acrescentou.

A declaração de Lula era tudo o que Moro sempre sonhou, pois é de seu interesse polarizar com o atual mandatário e receber o máximo de holofotes que puder.

“Eu vejo hoje um presidente dando risada de uma família ameaçada pelo crime organizado, sugerindo que o próprio ministro da Justiça do seu governo que informou que o plano para o meu sequestro seria uma armação. Então quero perguntar: O senhor não tem decência? O senhor não tem vergonha desse seu comportamento? O senhor não respeita o sofrimento de uma família inocente? O senhor não respeita a liturgia do cargo?”, rebateu o senador.

“É um risco que não deveríamos ter. Assumimos esse risco e cumprimos o nosso dever. Se acontecer alguma coisa com a minha família, a responsabilidade está nas costas desse presidente da República por fazer pouco caso, por rir da ameaça e dessa forma incentiva a violência contra mim e a minha família”.

A Polícia Federal prendeu na quarta-feira (22) nove pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa que planejou a morte de agentes públicos, entre elas Moro e o promotor era Lincoln Gakyia, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), de Presidente Prudente (SP). Gakyia investiga a facção há mais de uma década e já recebeu diversas ameaças de morte.

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