"Padre" armamentista e pró-Bolsonaro não foi ordenado pela Igreja Católica, diz Diocese de Joinville
Coordenador de um movimento lobista pela liberação das armas, padre realiza a adoração de Jair Bolsonaro e prega o direito de matar, distorcendo preceitos do próprio cristianismo, que tem entre seus 10 mandamentos "não matarás". Diocese de Joinville informou que o homem sequer foi ordenado pela Igreja Católica Apostólica Romana
A Diocese de Joinville (SC) divulgou uma nota para esclarecer que o “padre” Edivaldo Ferreira não faz parte dos quadros da Igreja Católica Apostólica Romana.
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Em suas redes sociais, Edivaldo afirma ser Sacerdote na Diocese de Joinville-SC, defende um discurso de extrema-direita, faz apologia ao uso de armas de fogo e se declara apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em nota oficial, a Diocese de Joinville explicou que o padre Edivaldo Ferreira pertence à Igreja Católica Apostólica Brasileira (ICAB) — uma agremiação alternativa que não segue o comando da Igreja Católica Apostólica Romana.
“Esta Igreja, apesar de se autodenominar ‘católica’, não está em comunhão com o Santo Padre, Papa Francisco, e NÃO faz parte da Igreja Católica Apostólica Romana. Sendo assim, o padre Edivaldo Ferreira NÃO faz parte da Diocese de Joinville”, explicou.
A Diocese ainda alerta aos fiéis católicos que as cerimônias realizadas pelo padre são “ilícitas” e sugere aos religiosos que não frequentem as celebrações.
“É importante destacar também que todos os ritos e cerimônias religiosas realizadas por esta Igreja são ilícitos para os fiéis católicos. Assim sendo, recomenda-se vivamente aos fiéis que não frequentem os edifícios onde eles se reúnem e nem participem de qualquer celebração promovida por esses grupos. Do mesmo modo, os fiéis católicos devem se atentar às orientações pastorais que são próprias da Igreja Católica Apostólica Romana”, diz a Diocese em nota.
Em suas redes sociais, o padre publica fotos ao lado de vários aliados de Jair Bolsonaro (PL) e até dos filhos do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro e Jair Renan Bolsonaro.
Além de se dizer padre, Edivaldo Ferreira dos Reis também é coordenador do ‘Movimento Pró-Armas’. Ferreira aina usa as redes para criminalizar Lula e o PT a partir de uma visão da extrema-direita sobre o “comunismo”, incitando uma política de ódio e violência contra aqueles que considera inimigo.
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