Ivete Sangalo tenta há 7 anos identificar autor de post falso sobre o filho no Instagram
Ivete Sangalo ingressou com a ação em abril de 2016 após ter sido "surpreendida com uma notícia estranha e inverídica, que lhe deixou, um só tempo, chocada, revoltada e emocionalmente abalada"
Diego Garcia, Splash
Há mais de 7 anos, Ivete Sangalo briga na Justiça com o Facebook por conta de uma publicação falsa envolvendo sua família.
A artista ingressou com a ação em abril de 2016 após, como disse no processo, ter sido “surpreendida com uma notícia estranha e inverídica, que lhe deixou, um só tempo, chocada, revoltada e emocionalmente abalada”.
Um perfil no Instagram trouxe uma falsa informação de que seu filho foi atropelado por um empresário bêbado. Inclusive, utilizou uma montagem de uma famosa revista para embasar a postagem mentirosa.
“Assim morre filho de Ivete Sangalo, atropelado por empresário embriagado. Ela continuaria incentivando o povo a beber?”, questionou a publicação falsa, utilizando vídeos publicados no YouTube pelo mesmo usuário com a imagem de Ivete fazendo propaganda e uma cerveja.
Outros posts foram feitos pelo mesmo perfil na época, insinuando que Ivete teria sido responsável pela tragédia, além de outros casos, reais, de atropelamento com morte por embriaguez ao volante. A cantora definiu as publicações como “absurdas”.
De acordo com a defesa de Ivete, o autor das postagens utilizou as notícias falsas para chamar a atenção para seu perfil, onde comercializava roupas de banho masculinas.
Ivete diz que a situação abalou sua família ao envolver a vida de uma criança, seu filho, que se viu inserido em “um mar de notícias trágicas e fantasiosas, produto da criação de uma mente inconsequente e aproveitadora”.
Ivete conseguiu uma tutela de urgência para excluir os perfis das redes sociais e fornecimento das informações pessoais dos usuários. Posteriormente, o Facebook informou que as postagens foram removidas das redes.
Porém, até hoje as partes não chegaram a um acordo. Ivete ainda tenta descobrir quem foi o autor das publicações. O Facebook tentou alegar carência de ação por ilegitimidade, já que sua constituição estaria de acordo com legislações dos Estados Unidos, o que foi rejeitado pelo tribunal.
A defesa da artista sustenta que “para que a tutela jurisdicional pretendida seja efetivamente alcançada”, seria necessário a “obtenção dos dados pessoais do(s) autor(es) das publicações dos conteúdos atacados por meio da presente demanda”.
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Em 2021, na última atualização processual, as partes não chegaram a um acordo de conciliação, e a ação foi colocada como conclusa para sentença. Até hoje, o tribunal não emitiu nenhuma decisão. O caso corre na 9ª Vara Cível e Comercial de Salvador.