Ministro de Israel defende extermínio de famintos em Gaza e culpa ajuda humanitária
Sionista de extrema direita, ministro israelense defendeu massacre de civis que esperavam comida em Gaza. Itamar Ben-Gvir comemorou a chacina e chamou o ato de “heroico” e que os soldados “agiram de forma excelente”
Ontem (29), Israel esperou um comboio com alimentos entrar na Faixa de Gaza. Então, abriu fogo contra os palestinos que passam fome. Mais de 100 morreram, os feridos podem ultrapassar a marca de mil. A ação recebeu críticas em todo o mundo civilizado. Contudo, o ministro da Segurança Nacional, sionista de extrema direita Itamar Ben-Gvir comemorou a chacina. Chamou o ato de “heroico” e que os soldados “agiram de forma excelente”.
Além disso, o sionista criticou a ajuda humanitária em Gaza. Mais de 30 mil crianças estão sem pai nem mãe na região. Seus parentes morreram nas mãos do exército de Israel. Os mortos são mais de 30 mil. Mulheres e crianças vítimas ultrapassam 17 mil. Entre os alvos prioritários, escolas, centros humanitários e de refúgio, além de hospitais. “Ficou provado que a transferência de ajuda humanitária para Gaza não é apenas loucura (…), mas também põe em perigo os soldados israelenses”, completou Ben-Gvir.
A fala do extremista representa uma mudança na narrativa do governo sionista de Benjamin Netanyahu. Inicialmente, Israel optou por negar o massacre. Contudo, tudo está registrado por câmeras. Disseram que foi “um tumultuo” e que muitos morreram pisoteados. A versão, inclusive, foi a de escolha de veículos da imprensa comercial brasileira, como o G1, do grupo Globo. Contudo, a falácia pouco durou e o governo sionista deixou, mais uma vez, clara a intenção de aniquilação, de genocídio do povo palestino.
Repercussões aos crimes de Israel
Nem os aliados incondicionais de Israel, leia Estados Unidos, compraram a defesa do massacre. Washington disse que vai investigar o caso e cobrou mais explicações. O secretário-geral da ONU, António Guterres, criticou fortemente o ataque. Mais cedo, as Nações Unidas subiram o tom contra o genocídio em Gaza.
“Se essas pessoas morreram por fogo israelense, se foram esmagadas por multidões ou atropeladas por caminhões, são atos de violência. De certo modo, vinculados ao conflito”, disse Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral. “Os civis desesperados em Gaza precisam de ajuda urgente, incluindo os que estão sob cerco, onde a ONU não fornece ajuda há mais de uma semana”, completou, contrariando a comemoração dos sionistas por sangue inocente.
A Casa Branca também manifestou preocupação. “Estamos em contato com o governo israelense desde esta manhã e entendemos que uma investigação está sendo realizada. Vamos acompanhar de perto esta investigação e pressionar para obter respostas”, disse a jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller.
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Mais rígido, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, comparou, assim como Lula, a ação de Israel ao Holocausto. “Suplicando por comida, mais de 100 palestinos foram assassinados por Netanyahu. Isso é considerado genocídio e evoca lembranças do Holocausto, mesmo que as potências mundiais relutem em reconhecê-lo. O mundo precisa condenar [o primeiro-ministro de Israel, Benjamin] Netanyahu. A Colômbia suspende todas as compras de armas de Israel”, disse.
Anistia diz que está investigando ataque israelense
O grupo de direitos humanos com sede no Reino Unido, Amnesty International, afirma que deve haver uma “investigação urgente” sobre o incidente, que levou à morte de pelo menos 112 palestinos.
“A Amnistia está a investigar isto como parte da sua documentação contínua de violações contra civis palestinianos”, afirmou num post no X.
There must be an urgent investigation into horrific reports that scores of Palestinians were killed & injured while trying to receive food aid in northern Gaza today. @amnesty is investigating this as part of its ongoing documentation of violations against Palestinian civilians.
— Amnesty International (@amnesty) February 29, 2024
“Como potência ocupante, Israel tem a obrigação clara de satisfazer as necessidades básicas dos palestinos, inclusive garantindo o seu acesso seguro e desimpedido à ajuda.”
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