Redação Pragmatismo
EUA 02/Mai/2024 às 08:14 COMENTÁRIOS
EUA

Cotada para ser vice de Trump assassinou o próprio cão a tiros: "Eu odiava aquele cachorro"

Publicado em 02 Mai, 2024 às 08h14

Kristi Noem se gaba de ter abatido o próprio cachorro, uma filhote Cricket de 14 meses. Relato detalhado e cruel de candidata cotada para ser vice de Donald Trump repercutiu mal e movimentou a campanha presidencial americana

Cotada ser vice Trump assassinou próprio cão tirou odiava aquele cachorro
Kristi Lynn Noem

Sandra Cohen, g1

Cotada para ser companheira de chapa de Donald Trump na disputa pela Casa Branca, a governadora de Dakota do Sul, Kristi Noem, mostra a que veio em seu próximo livro, que será publicado na semana que vem, no qual ela se gaba de ter abatido o próprio cachorro, a filhote Cricket, de 14 meses, simplesmente por ser indomável.

“Eu odiava aquele cachorro”, descreve a governadora, ao definir o animal como “intreinável e perigoso”. Antecipado pelo jornal britânico “The Guardian”, que obteve trechos do livro, o detalhado e cruel relato de Noem repercutiu mal e movimentou a campanha presidencial americana, atraindo vozes críticas tanto de seus partidários quanto de opositores.

Políticos se apressaram a postar fotos com seus animais de estimação e rapidamente viralizou a hashtag “Justice4Cricket”. “Ela não pode ser vice-presidente agora. Você não pode atirar no seu cachorro e depois ser vice-presidente”, resumiu a ativista de extrema direita Laura Loomer.

A campanha de Joe Biden publicou fotos do presidente em companhia de Commander, o pastor alemão da Casa Branca que não é exemplo de bom comportamento, por já ter mordido agentes de segurança em mais de 24 ocasiões. Nem por isso foi abatido.

Ex-congressista republicana, Noem é fiel seguidora de Trump e, como ele, coleciona histórias polêmicas. Recentemente, ela fez um vídeo agradecendo e elogiando a equipe de dentistas que remodelou sua arcada dentária. A governadora é banida em uma área equivalente a 15% do próprio estado, ocupada por quatro tribos indígenas americanas, depois que associou líderes tribais a cartéis de drogas mexicanas.

Cabra abatida por ‘mau cheiro’

Além de Cricket, Noem conta em seu livro de memórias que matou uma cabra na fazenda da família por considerá-la “má, nojenta e malcheirosa”.

Quanto à cachorrinha, ela alega que estava treinando a filhote da raça Pointer para ajudá-la em caçadas a faisões, mas Cricket se revelou, em suas palavras, “menos que inútil como cão de caça.”

A governadora relata que tentou domá-la, mas ela se comportava como “um assassino treinado”. O estopim para a decisão de matá-la foi uma mordida e o ataque, até a morte, às galinhas de uma família vizinha. Ela levou Cricket para uma pedreira e, sem hesitar, alvejou a filhote.

Aproveitou também para dar conta da cabra, que tinha como hábito perseguir e perturbar os três filhos. O animal resistiu ao primeiro tiro, e Noem precisou voltar à caminhonete para pegar mais munição e terminar o serviço.

“Acho que se fosse um político melhor não contaria a história aqui”, ela pondera no livro. Diante do impacto de suas revelações, ela se disse amparada numa lei estatal que permite a morte de cães que atacam e matam outros animais domésticos.

A governadora se defende, alegando que tentou passar uma atitude de coragem em situações difíceis. “Seja administrando a fazenda ou na política, nunca passei minhas responsabilidades para outra pessoa, mesmo que seja difícil e doloroso. Eu segui a lei, fui mãe e vizinha responsável.” Há controvérsias, mas resta saber se elas serão um empecilho na escolha de Trump.

→ SE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI… Saiba que o Pragmatismo não tem investidores e não está entre os veículos que recebem publicidade estatal do governo. Fazer jornalismo custa caro. Com apenas R$ 1 REAL você nos ajuda a pagar nossos profissionais e a estrutura. Seu apoio é muito importante e fortalece a mídia independente. Doe através da chave-pix: [email protected]

Recomendações

COMENTÁRIOS