"A culpa é de Marina", diz MP sobre possível inviabilidade da REDE
"Uma firma deixa de ser reconhecida pelo simples fato de não haver correspondência entre as assinaturas apresentadas. Provar a autenticidade das assinaturas é ônus do partido e não dos cartórios", diz parecer do Ministério Público
Ontem foi a vez de José Serra que, diante da realidade, desistiu de deixar o PSDB e, salvo um imprevisto com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), estará fora da sucessão presidencial em 2014.
Amanhã, ao que tudo indica, será a vez de Marina Silva, que terá negado, pelo Tribunal Superior Eleitoral, o registro de sua Rede Sustentabilidade, ficando também excluída desse jogo.
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De quem é a culpa? Da ex-senadora Marina – e de ninguém mais. É o que sustenta o procurador Eugênio Aragão, do Ministério Público, que rejeitou, em seu parecer, o pedido da Rede.
“Uma firma deixa de ser reconhecida pelo simples fato de não haver correspondência entre as assinaturas apresentadas. Não seria razoável cobrar dos cartórios eleitorais discriminação individualizada sobre o porquê de cada uma dessas 98.000 assinaturas não terem sido reconhecidas e contabilizadas. Provar a autenticidade das assinaturas é ônus do partido e não dos cartórios”, diz o parecer (leia aqui a íntegra).
Marina declarou ontem “confiar em Deus”, mas, aparentemente, essa batalha já está perdida. Na Folha, o colunista Igor Gielow lembra que um partido não se cria com 500 mil curtidas no Facebook (leia aqui). No Globo, Merval Pereira avisa que é hora de um “plano B” e sugere que o PPS, de Roberto Freire talvez seja uma alternativa melhor do que o PEN, que já ofereceu à ex-senadora o comando total da legenda – além da própria mudança de nome.
A ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente tem sido enfática ao afirmar que não tem “plano B”. Nas 24 horas que antecedem a decisão do TSE, ela tem se reunido com apoiadores políticos e financeiros em Brasília, numa corrente final. Ontem, quem desembarcou na capital federal foi Neca Setúbal, uma das herdeiras do Itaú e também fundadora da Rede.
Mas o jogo parece perdido. E a culpa, como disse o procurador Aragão, não é dos cartórios.
Brasil 247