Golpistas do 8 de janeiro fogem para os EUA e são detidas pelo governo Trump
Quatro golpistas do 8 de janeiro escolheram os EUA como destino de fuga, mas acabaram presas. A Polícia de Imigração e Alfândega dos Estados Unidos afirmou que as bolsonaristas permanecem detidas e "aguardam a expulsão para seu país de origem"

Quatro mulheres envolvidas nos ataques de 8 de janeiro de 2023 foram presas ao tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos e aguardam deportação. As detenções ocorreram em janeiro de 2025, logo após a posse do presidente Donald Trump, conforme informações da Polícia de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE).
As detidas são:
Raquel de Souza Lopes, 51 anos, de Joinville (SC), condenada a 17 anos de prisão por crimes como tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público. Ela tentou entrar nos EUA em 12 de janeiro de 2025 e está detida em Raymondville, Texas.
Rosana Maciel Gomes, 51 anos, de Goiânia (GO), condenada a 14 anos de prisão pelos ataques. Foi presa em 21 de janeiro de 2025 ao tentar ingressar nos EUA por El Paso, Texas, onde permanece detida.
Michely Paiva Alves, 38 anos, comerciante de Limeira (SP), acusada de financiar e organizar o transporte de manifestantes para Brasília. Foi detida em 21 de janeiro de 2025 em El Paso e está na mesma unidade de detenção.
Cristiane da Silva, 33 anos, de Balneário Camboriú (SC), condenada a um ano de prisão por associação criminosa e incitação ao crime. Também foi presa em 21 de janeiro de 2025 em El Paso, onde permanece detida.
As quatro mulheres haviam fugido para a Argentina em 2024 e, diante de pedidos de extradição, tentaram ingressar nos EUA buscando refúgio político. Atualmente, aguardam a deportação para o Brasil.
Golpistas do 8 de janeiro
Os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, que resultaram na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília, enfrentam uma série de acusações graves na Justiça brasileira. O Supremo Tribunal Federal (STF) tem conduzido os julgamentos e aplicado penas severas, refletindo a gravidade dos crimes cometidos contra a democracia.
Principais Acusações:
Os réus podem responder por uma ou mais das seguintes acusações, dependendo de seu nível de envolvimento nos atos:
Associação criminosa – Participação em um grupo organizado com o objetivo de cometer crimes contra o Estado democrático de direito.
Abolição violenta do Estado democrático de direito – Tentativa de derrubar o governo eleito e impedir o funcionamento das instituições democráticas.
Golpe de Estado – Tentativa de usurpar o poder constituído por meios violentos ou ilegais.
Dano qualificado ao patrimônio público – Depredação de prédios históricos e bens da União, incluindo móveis, obras de arte e equipamentos.
Deterioração de patrimônio tombado – Danos ao patrimônio histórico nacional, como as obras de Oscar Niemeyer e os vitrais do Congresso Nacional.
Incitação ao crime – Estímulo à prática de atos ilícitos, seja por redes sociais, discursos ou financiamento de mobilizações golpistas.
Violação da ordem pública e resistência à autoridade – Enfrentamento das forças de segurança e tentativa de impedir a retomada do controle das instituições.