"Desigualdade é problema de QI", diz prefeito de Londres
Após declaração polêmica, prefeito de Londres falha em teste de QI. Boris Johnson relacionou a desigualdade econômica a um “problema de QI”
Na terça-feira (3), Boris Johnson falhou em um teste de QI feito pela rádio britânica LBC. A participação do prefeito de Londres no programa foi a sua primeira aparição pública após a declaração polêmica na qual relacionou a desigualdade socioeconômica a diferenças de quociente intelectual. “Se falamos de desigualdade temos que considerar que 16% de nossa espécie tem um QI menor que 85, enquanto 2% estão acima de 130. A igualdade econômica não é possível. A inveja e a cobiça são indispensáveis para o crescimento”, disse.
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Durante o programa, Boris errou a resposta das duas primeiras perguntas do teste e se recusou a responder a terceira. A primeira pergunta do teste de QI foi: “Um homem constrói uma casa retangular com cada lado exposto ao sul. Um urso aparece. Qual é a cor do urso?”. Boris respondeu marrom, mas admitiu que não sabia ao certo. A resposta era branco, porque era um urso no polo norte.
A outra questão era: “Pegue duas maçãs de três maçãs e o que você terá?”. Johnson respondeu “muitas maçãs”, e depois mudou para apenas uma maçã. Entretanto, o certo era duas maçãs.
O apresentador do programa insistiu uma terceira vez: “Eu fui para a cama às oito da noite e acabei por armar o alarme para as nove da manhã. Quantas horas de sono eu tive?”. O prefeito se negou a responder. “Ninguém disse que o QI é a única forma de medir habilidades”, disse.
Além das respostas erradas, o prefeito disse duas vezes que a estação Marble Arch já foi chamada de Selfridges, informação contestada pelo The Guardian. Ele também revelou que nunca conheceu o líder do sindicato RMT (Ferroviários, Marítimos e Trabalhadores do Transporte), e nenhum representante dos trabalhadores de ônibus e metrô de Londres.
Desigualdade e QI
Durante o programa de rádio, ele tentou se defender de desastrada declaração admitindo que existe muita desigualdade e que ela não poderia passar despercebida. “A desigualdade só é admissível se você olha para as pessoas que estão achando difícil competir, e onde as pessoas têm habilidades que permitam que elas progridam”, justificou o prefeito.