Redação Pragmatismo
Rede Globo 13/Mar/2014 às 14:40 COMENTÁRIOS
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Ator Paulo Goulart morre aos 81 anos

Publicado em 13 Mar, 2014 às 14h40

Paulo Goulart morre aos 81 anos em decorrência de um câncer. "Uma perda para as artes cênicas", disse Ary Fontoura

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Paulo Goulart morre aos 81 anos em decorrência de um câncer (Imagem: Tv Globo)

O ator Paulo Goulart morreu, aos 81 anos, em decorrência de um câncer, na cidade de São Paulo. A informação foi confirmada pela produção Nicete Bruno Produções Artísticas.

Em 2012, Paulo Goulart passou algumas semanas internado no setor de oncologia do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, para tratar de um câncer do mediastino, uma cavidade no centro do tórax, localizada entre os pulmões. Há sete anos, o ator já havia passado por uma cirurgia para a retirada de um tumor no rim.

Paulo Goulart é o nome artístico de Paulo Afonso Miessa, que nasceu no dia 9 de janeiro de 1933, em Ribeirão Preto, em São Paulo. O Goulart veio de um tio, o radialista Airton Goulart. A carreira artística começou na Rádio Tupi, em 1951, como ator de radionovelas. No mesmo ano, Goulart fez seu primeiro trabalho na TV ao lado de Mazzaropi.

Família

Goulart conheceu a atriz Nicette Bruno, em 1952, quando ela procurava um galã para atuar ao seu lado na peça “Senhorita, Minha Mãe”. Goulart fez um teste e foi aprovado pela própria Nicette. Pouco depois, os dois começaram a namorar e permaneceram casados por toda a vida de Paulo. Juntos eles tiveram três filhos, sete netos e dois bisnetos. Os três filhos do casal, Beth Goulart, Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho, são atores, assim como as netas Vanessa Goulart e Clarissa Mayoral.

Trabalhos

“Helena”, de 1952, foi a primeira novela de Goulart, que passou pelas TVs Continental, Tupi, Rio, Excelsior até chegar na rede Globo. Em 1972, deu vida ao industrial Claude Antoine Geraldi em “Uma Rosa com Amor”. Na novela, Goulart fazia par romântico com Marília Pêra. A química entre os dois agradou os fãs, que criaram uma grande torcida para que eles ficassem juntos no final.

Em 1977, ele voltou para a Tupi para atuar em “Éramos Seis”. Nos anos 80, Goulart atuou em Plumas e Paetês (1980), “Jogo da Vida” (1981), “Transas e Caretas” (1984), “Roda de Fogo” (1986) e Fera Radical (1988). Em 1993, Goulart viveu outro papel de destaque como o vilão Donato, de “Mulheres de Areia”, inimigo de Tonho Da Lua.

Após fazer “As Pupilas do Senhor Reitor” (1995), no SBT, “O Campeão” (1996), “Zazá” (1997), “Esperança” (2002), na Globo, Goulart foi escalado para viver o padrasto da protagonista Sol (Deborah Secco), em “América”, em 2005, também na TV Globo. Seu personagem sofria de um problema cardíaco grave, o que motivou a protagonista a trabalhar nos Estados Unidos. O ator também participou das minisséries “O Auto da Compadecida” (1999), “Aquarela do Brasil” (2000), “Um Só Coração” (2004), “JK” (2006) e “Amazônia: de Galvez a Chico Mendes” (2007).

Já em tratamento neste ano, Paulo participou das gravações do filme “O Tempo e o Vento”, adaptação para o cinema do clássico de Erico Veríssimo, com direção de Jayme Monjardim. Em 2011, o ator fez parte do elenco da série “Louco por Elas” e da novela “Morde & Assopra”, ambas na TV Globo.

Ary Fontoura diz que morte de Paulo Goulart é perda para as artes cênicas

Em entrevista ao programa “Estúdio i”, do canal Globo News, Ary Fontoura disse que “o Brasil está de luto”. “É a perda de um ator que significou muito para as artes cênicas desse país. Uma morte anunciada, porque Paulo estava doente já a um tempo, mas mesmo assim traumática, visto que nossa amizade é muito antiga”, opinou Ary. O ator relembrou que conheceu Paulo na década de 60.

“Eu vi seus filhos nascerem, crescerem, vi esse casal, Nicette e Paulo, se formar. Vai ser bastante dificil para ela [Nicette], mas ela é uma mulher corajosa e que continuará sua luta. Não bastasse isso, além de amigos, nós somos vizinhos. Mais uma razão para toda hora que eu sair, der uma olhada, vou me lembrar dele. É muita coisa para recordar”, lamentou Ary.

Pelo Twitter, amigos lamentaram a morte do ator. “Grande ator, grande amigo. Deus acompanhe sua travessia”, escreveu José de Abreu. “Paulo Goulart partiu deixando um grande exemplo de generosidade e dignidade humana”, opinou a atriz Ângela Leal. Nívea Stelmann relembrou a parceria com o ator, eles atuaram em “Cama de Gato”: “Tive orgulho de trabalhar com ele,ouvir seus conselhos e suas histórias”.

com portais G1, Uol e Terra

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