Participante do BBB sugere extermínio de pessoas com Aids
Participante de programa global sugere extermínio das pessoas que vivem com Aids. Outro integrante comentou que as pessoas HIV positivo não “passam dos 40 anos”. Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas exige retratação da emissora
Angela, 26, participante da atual edição do Big Brother Brasil, sugeriu, em conversa que aconteceu na última sexta-feira (14), o extermínio de pessoas vivendo com o HIV como maneira de “solucionar” a questão. “Vamos matar todo mundo (…) o que mais irrita é saber que a Aids existe porque teve um idiota que foi transar com um macaco”, argumentou a advogada de São Roque (SP).
A fala da participante gerou indignação dos demais, mas as bobagens em torno da questão não pararam por aí. O participante Cássio, 22, incorreu em erro ao dizer que as pessoas de sorologia positiva “não vivem mais de 40 anos”. “O que o homem gasta com remédios para portadores de aids, se ele gastasse apenas três vezes mais, em 40 anos acabava a aids no mundo. Daria remédio para todas as pessoas. Quem já tem, geralmente não dura mais de 40 anos, eles falecem e a aids acaba”, declarou o participante gaúcho.
A declarações geraram forte reações na rede. A ativista do Movimento Nacional das Cidadãs PositHIVas, Silvia Almeida, que vive há 20 anos com o vírus, declarou que tudo o que foi dito são “idiotices”. “O mínimo que a Globo tem de fazer para reparar esse absurdo é expulsar essa participante do programa. É justamente por causa de pessoas assim que temos um trabalho enorme de conscientização e prevenção”, criticou a ativista.
O movimento social de Aids/HIV lançou uma petição pública onde exige a imediata retratação da Globo.
Polêmica racial
Semanas atrás outra participante da mesma atração causou indignação por afirmar, durante discussão sobre cor de pele, que se não usar desodorante fica com “cheiro de neguinha” (relembre aqui). Franciele foi acusada de racismo pelos colegas e eliminada do programa em votação do público dias depois.