Redação Pragmatismo
Mundo 26/Mar/2014 às 14:59 COMENTÁRIOS
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"Mulheres ucranianas, não façam sexo com russos"

Publicado em 26 Mar, 2014 às 14h59

Campanha pede que ucranianas não tenham relações sexuais com russos. Segundo uma das fundadoras do movimento, trata-se de uma "reivindicação para proteger a Ucrânia do agressor"

Mulheres ucranianas sexo com russos
Modelos da campanha vestem as camisas em preto e branco que contém frases estimulando ucranianas a não fazer sexo com russos (NBCnews)

Após a incorporação da península da Crimeia à Rússia, ativistas ucranianas elaboraram uma campanha de protesto político com uma abordagem diferente contra o Kremlin: convidando as mulheres do país a se abster de manter relações sexuais com homens russos.

Uma das principais frentes da campanha parte da venda de camisetas com o desenho de duas mãos, formando uma imagem que alude ao formato de uma vagina, com mensagens como “não dê para um russo”. “Para nós, o slogan não é apenas sobre sexo, mas se trata de uma reivindicação para proteger nosso país de um agressor”, explicou uma das fundadoras do grupo ucraniano responsável pela campanha, Irina Rubis, em entrevista à NBC.

Com o intuito de reprimir a “agressão de Moscou”, o movimento começou após perceber que os esforços que a Ucrânia fazia para mostrar para a comunidade internacional “a brutalidade da ocupação russa” não eram bem-sucedidos. Por isso, segundo Irina, aproposta da ação é de ser impactante mesmo. “Sexo é um dos elementos mais eficazes para chamar atenção substancial”, afirmou.

As camisetas custam 250 hrivnas (cerca de R$ 52) e todos os lucros estão sendo direcionados para o exército ucraniano. Criada há uma semana, a página da campanha no Facebook já conta com mais de 2.500 curtidas e apresenta o slogan “precisamos lutar contra o inimigo de qualquer maneira!”. Devido à repercussão internacional, as publicações sobre os produtos são escritas em russo e em inglês.

“Queremos chamar atenção para o caos feito pelos russos na Crimeia, como os sequestros, a limitação dos direitos dos tártaros (minoria anti-Rússia na península) e a restrição ao trabalho dos jornalistas. Estas são as mensagens que queremos divulgar”, argumentou Irina. Em represália, o site nacionalista russo Sputnik e Pogrom descreveu as responsáveis pela campanha como “prostitutas” na sua página no Facebook, segundo o The Moscow Times. 

Patrícia Dichtchekenian, Opera Mundi

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