O custo das promessas de Marina Silva
Apenas em mobilidade urbana, promessa de Marina custaria R$ 300 bi aos cofres públicos. É mais do que se gasta em saúde e educação no Brasil. Ex-senadora é questionada por adversários e especialistas: de onde virá o dinheiro?
Se as promessas da candidata Marina Silva para mobilidade urbana saíssem hoje do papel, elas custariam aos cofres públicos R$ 300 bilhões. É a estimativa feita por especialistas sobre o projeto de criar mil quilômetros de vias de Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs), com corredores de ônibus integrados (BRTs) e outros 1.350 km de metrôs e trens semiurbanos. Ainda segundo o estudo do escritório Jaime Lerner Arquitetos Associados, as obras durariam de dois anos e meio (BRT) a nove anos (metrô).
A título de comparação, de 2013 para cá, o investimento em mobilidade urbana subiu de R$ 8,1 bilhões para algo próximo de R$ 12,4 bilhões este ano.
Durante o debate do SBT nesta segunda-feira, Marina foi confrontada pela presidente Dilma Rousseff: “De onde virá o dinheiro?”. O gasto das promessas da ex-senadora foi estimado pelo governo em R$ 140 bilhões. Dilma afirmou que o montante equivale a quase todo o gasto em saúde e educação.
“Você diz que vai antecipar 10% do PIB para a Educação, 10% da receita bruta da União para a Saúde e passe livre para estudantes de escola pública. No total, são despesas de R$ 140 milhões. De onde vai tirar os recursos?”, questionou Dilma.
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Em sua resposta, Marina respondeu que “não são promessas”, mas “compromissos”, e disse que conseguirá os recursos necessários “fazendo as escolhas corretas” e “não manter as escolhas erradas”.
Em seguida, Dilma voltou a alfinetar a adversária, afirmando que Marina “falou” muito, mas não foi clara em sua resposta.
“A senhora falou, falou, mas não respondeu a pergunta de onde vai vir o dinheiro. Quem governa deve saber de onde vir o dinheiro”, disse Dilma.
com informações de 247