Jovem envia mensagem desesperada antes de aborto clandestino
Jovem que foi fazer aborto envia uma última mensagem em pânico antes de desaparecer. “Amor, mandaram desligar o telefone, tô em pânico, ore por mim!”
A jovem de 27 anos Jandira Magdalena dos Santos, auxiliar administrativa, desapareceu momentos depois de realizar o último contato com o ex-marido, Leandro Brito Reis, quando revelou que as pessoas que a encaminhavam para uma clínica pediram para que ela desligasse o celular. “Amor, mandaram desligar o telefone, tô em pânico, ore por mim!”, disse.
Duas horas depois de receber a mensagem da ex-mulher, Leandro — ainda aguardando que ela retornasse à Rodoviária de Campo Grande, local de onde saiu — enviou um SMS a ela, querendo saber notícias, mas não foi respondido. Desde então, ninguém mais conseguiu contato com a jovem. O caso foi registrado na 35ª DP (Campo Grande), que assumiu as investigações.
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No dia 27 de agosto, agentes encontraram um carro carbonizado com um corpo dentro. De acordo com fontes ligadas à polícia, o corpo estava sem a arcada dentária, os membros superiores e inferiores, além de estar carbonizado dentro de um carro. Familiares de Jandira devem ser chamado para fazer um exame de DNA para saber se trata-se da jovem.
Possível quadrilha especializada
A polícia investiga se uma quadrilha especializada na prática de aborto está envolvida no desaparecimento de Jandira. De acordo com a mãe da jovem, ela teria marcado o procedimento com Rosemere Aparecida Ferreira, conhecida como Rose, que seria a responsável por marcar as cirurgias com as gestantes. De acordo com uma denúncia do Ministério Público feita ao juíz da 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, em março do ano passado, Rose e mais seis pessoas respondem por aborto. Ela é uma das principais peças de um grupo que realiza abortos em várias cidades do estado do Rio.
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Segundo a denúncia, Rose, além de fazer os contatos com as mulheres grávidas, atuava como enfermeira nos procedimentos cirúrgicos, realizados em clínicas clandestinas. Um mandado de prisão contra ela foi expedido em fevereiro desse ano pelo desembargador Antonio Eduardo Duarte, da Quarta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ela atualmente é considerada foragida da Justiça.
Entenda o caso:
Jandira, de 27 anos, está desaparecida desde o dia 29 de agosto. De acordo com os parentes da jovem, ela decidiu interromper uma gravidez de três meses e duas semanas e conseguiu, por meio de amigas, o contato de Rose, que seria responsável por administrar uma clínica clandestina de aborto. Segundo o ex-marido dela, Leandro, Jandira pediu para ser levada naquele dia à Rodoviária de Campo Grande, local que teria sido escolhido como ponto de encontro para que ela fosse encaminhada até a clínica. Segundo ele, o carro que foi buscá-la — um Gol branco, de quatro portas — era conduzido por uma mulher magra, de cabelos louros, que teria lhe dito para esperar na rodoviária que a jovem seria levada de volta ao mesmo local.
informações: Extra